
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
PACIENTES NA LISTA DE ESPERA PARA TRANSPLANTE DE CORAÇÃO: MORTALIDADE DURANTE O ANO DE 2023
Relatoria:
Aila Roberta Passos Pereira
Autores:
- Ana Carolaine de Souza Batista
- Viviani Silva Nascimento
- Ana Roberta Oliveira de Castro
- Joice Requião Costa de Santana
- Christielle Lidiane Alencar Marinho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os pacientes que necessitam de um órgão ou tecido devem estar cadastrados em lista única para transplantes, incluindo no seu cadastro o diagnóstico da doença e as especificidades do seu quadro. A seleção dos pacientes leva em consideração a condição clínica, gravidade, doença e compatibilidade entre receptor-doador. Entre as doenças cardíacas, a insuficiência cardíaca avançada e refratária apresenta altas taxas de mortalidade e hospitalizações, levando o paciente a um grave prognóstico, sendo um dos principais motivos para o transplante de coração. Objetivo: Descrever o cenário brasileiro da mortalidade de pacientes inscritos na lista única que aguardam o transplante de coração durante o ano de 2023. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada com os dados no Registro Brasileiro de Transplantes, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Resultados/discussão: Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, durante o ano de 2023 obteve-se um total de 572 ingressos na lista de espera de coração, com mortalidade de 139 pacientes no mesmo período. Levando em consideração os dados de cada estado, São Paulo apresentou maior mortalidade com cerca de 86 pacientes que foram à óbito na lista única à espera de um novo coração. O segundo estado que apresentou maior mortalidade foi o estado do Paraná, com 14 óbitos, seguido pelo Rio de Janeiro com um total de 13 óbitos. Dentre os demais estados que realizaram transplante de coração no ano de 2023, o Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe foram os únicos que não notificaram morte de pacientes inscritos na lista única à espera de um coração. A alta mortalidade pode ser decorrente das dificuldades enfrentadas pelo paciente inscrito na lista, como a pouca disponibilidade do órgão, longo período de espera na lista, dificuldade logística na captação do coração devido ao seu curto tempo de isquemia, visto que o seu tempo máximo fora do corpo é de apenas quatro horas, desde a retirada do corpo do doador até seu implante no receptor. Considerações finais: Embora 13 estados brasileiros tenham realizado o transplante cardíaco, nota-se que em nove destes foram notificados óbitos durante a espera pelo transplante, refletindo na necessidade de maior agilidade da transferência do paciente para o local de realização do transplante, identificação do paciente e compatibilidade do receptor e doador do órgão para reduzir a mortalidade dos pacientes na espera por transplante cardíaco.