Introdução: O ambiente escolar é considerado um local propício para ocorrência de acidentes, visto que as atividades de interação ali desenvolvidas e o elevado quantitativo de crianças e adolescentes presentes no mesmo espaço e por longo período de permanência, são fatores que impulsionam essa realidade. Entretanto, a atuação da prática educativa para saúde, na sala de aula, deve ser repensada, para romper com uma abordagem de ensino expositiva e impositivas, que tornam o processo de ensino mecânico e passivo. O ambiente escolar é um espaço plural e diverso, onde se busca construir conhecimento geral e saberes organizados requeridos, como ser capaz de identificar e atuar no socorro a uma vítima de primeiros socorros. Objetivo: Construir, junto a discentes e docentes, momentos de reflexão e troca de saberes acerca de condutas e habilidades no manejo do salvamento básico, de modo a auxiliar na formação de multiplicadores e para a sensibilização da importância do cuidado solidário na construção da cidadania. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Resultados: As atividades foram realizadas com estudantes de seis turmas do 7º ano do Ensino fundamental, em uma escola pública do Recife. As ações foram desenvolvidas através de seis oficinas educativas com temas: intoxicação, desmaio/convulsão, hemorragias, choque e queimaduras, Obstrução de vias aéreas por corpo estranho e Reanimação cárdio pulmonar. Foi aplicada uma abordagem problematizadora e dialógica, com estímulo a participação dos escolares na construção coletiva dos conhecimentos em primeiros socorros. Discussão: Percebeu-se, durante a prática educativa em saúde na escola, um envolvimento e engajamento dos escolares no desenvolvimento das oficinas, assumindo um papel de protagonismo ao ressignificar e agregar interesses e inquietações durante os momentos dialógicos sobre as temáticas trabalhadas. Para tanto, destaca-se a preparação previa da equipe sobre a abordagem de educação popular proposta por Paulo Freire, como também a vivência prévia da etapa de planejamento, com debates e orientações para o aprimoramento, considerando a necessidade de segurança dos graduandos de enfermagem. Conclusão: Acredita-se que a educação para o cuidado à saúde em primeiros socorros é uma estratégia para a formação cidadã e transformadora, pois envolve os atores sociais na produção e preservação da saúde individual e coletiva e possibilita a criação de ambientes saudáveis.