A ansiedade é uma condição natural do ser humano, mas que em excesso pode ter por consequência manifestações físicas e psicológicas. Visto que a população universitária lida habitualmente com fatores estressores, o enfrentamento do COVID-19 resultou no aumento dos casos e níveis de ansiedade e estresse. Como técnica terapêutica alternativa ao tratamento biomédico, temos as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), sendo que a Auriculoterapia e a Terapia Floral têm se apresentado eficazes e com resultados relevantes nos sintomas da ansiedade. O objetivo deste estudo foi analisar a eficácia destas PICS no manejo da ansiedade em estudantes universitários. Trata-se de um estudo piloto cruzado, no qual a mesma unidade amostral é submetida às intervenções propostas, a Auriculoterapia (A) e a Terapia Floral (TF). O grupo amostral foi composto por estudantes de uma universidade pública, maiores de 18 anos, com ansiedade classificada como moderada, elevada ou altíssima, a partir do Manual para o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). A coleta dos dados ocorreu durante o período de 10 semanas, sendo ofertado uma prática por 4 semanas, um intervalo de 2 semanas, seguido da outra prática por mais 4 semanas. Após o recrutamento dos participantes realizado entre abril e maio de 2023; 45 se mostraram elegíveis para o estudo, mas apenas 33 participaram efetivamente pois compareceram à primeira avaliação - estes foram divididos em Grupo TF/A (n=15) e Grupo A/TF (n=18). Durante o tratamento, houve perda de acompanhamento de 26,6% no Grupo TF/A e 61,1% no Grupo A/TF. Ambas práticas integrativas obtiveram respostas positivas às intervenções, sendo que após 4 semanas de tratamento houve em média a diminuição dos escores IDATE e melhora no nível de ansiedade clinicamente - evidenciado pelos relatos de experiência dos participantes ao longo da coleta de dados - mas estatisticamente apenas o tratamento com Terapia Floral se mostrou significativo - evidenciado por meio do teste de Mann-Whitney e o de Wilcoxon pareado. Ambas terapias tiveram relevância na melhora da qualidade de vida e bem estar dos participantes, demonstrando a importância de ações de promoção em saúde que utilizem as PICS, potencializando outras opções terapêuticas pertinentes ao trabalho dos profissionais de saúde, principalmente, os enfermeiros.