INTRODUÇÃO: A estomia é um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização de parte do sistema respiratório, digestório e urinário, criando uma abertura artificial entre órgãos internos e o meio externo (Brasil, 2021). No Brasil, a pessoa estomizada é contemplada com diretrizes e políticas públicas, além de ser entendida como uma deficiência, sendo necessário assim um cuidado integral, exigindo do profissional que presta a assistência e/ou orientação educação permanente (Oliveira et al, 2023). Assim, cabe ao profissional fornecer os conhecimentos necessários acerca mudanças ocasionadas pela ostomia, com assistência digna e qualificada que ofereça uma melhor adaptação frente às dificuldades enfrentadas, proporcionando qualidade de vida. OBJETIVOS: Descrever a vivência de um grupo de acadêmicos de enfermagem durante o estágio curricular de UTI Pediátrica e Neonatal, em um ambulatório de estomoterapia no município de Tucuruí-PA. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, desenvolvida no período de abril de 2024, por acadêmicos de enfermagem no Centro de Reabilitação em um município do sudeste paraense. RESULTADOS: As atividades iniciaram com apresentação do ambulatório, seu funcionamento e os materiais que são utilizados no setor de estomoterapia. O serviço se baseia em atendimentos voltados para os cuidados com feridas e curativos, estomias, colostomias, educação em saúde e visitas domiciliares. Normalmente os atendimentos são agendados/programados. A vivência possibilitou realizar e observar diversas ações que são efetuadas durante o cuidado, tais como: caracterização e avaliação da ferida cirúrgica, localização anatômica, profundidade, presença de sinais flogísticos e exsudato, aspecto da pele perilesional, coberturas e escolha do melhor dispositivo de alimentação e/ou eliminação para o paciente, e orientação ao paciente/familiar, proporcionando uma assistência integral. Durante a prática, foi possível vislumbrar a relevância deste serviço especializado, no qual é prestada uma assistência que as unidades básicas de saúde não contemplam. CONCLUSÃO: Dessa forma, a experiência mostrou-se de grande valia, onde foi rica em aprendizagens e vivências, no qual foi possível visualizar a atuação e autonomia do profissional. Ademais, proporcionou conhecimentos práticos sobre os cuidados prestados à pacientes ostomizados e a importância do olhar holístico e o estabelecimento de vínculo entre a família.