Introdução: a educação em saúde se apresenta como uma ferramenta importante para assegurar o acesso à saúde, visto que, proporciona ao indivíduo capacidade de assumir responsabilidades sobre o cuidado de si. Sabe-se que o Brasil é um dos países onde a automedicação é um hábito comum e a falta de informação contribui drasticamente para a perpetuação dessa cultura. Desse modo, cerca de 80 milhões de brasileiros afirmam comprar e ingerir medicamentos sem orientação médica, e, em média, 24 mil pessoas morrem, anualmente, por intoxicação medicamentosa. Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos do curso de bacharelado em farmácia na construção de uma ação de educação em saúde, voltada aos alunos do ensino médio da rede estadual. Método: trata-se de um estudo de abordagem descritiva, do tipo relato de experiência que narra a vivência dos estudantes de farmácia, de uma faculdade privada, na cidade de Nazaré da Mata – PE, na construção de uma ação de educação em saúde sobre o uso racional de medicamentos. Resultados e discussões: a atividade proposta aconteceu em uma escola da rede estadual de ensino, no município de Nazaré da Mata- PE, e contou com a participação de 45 alunos do 2º Ano do Ensino Médio. Para compor a ação, pensou-se em dividi-la em dois momentos, sendo o primeiro uma breve explanação teórica, e o segundo, a aplicação de um jogo educativo denominado “saúde não é jogo”, confeccionado pelos discentes de farmácia. Sabe-se que a escola é um ambiente potente para construção do pensamento crítico-reflexivo e ações intersetoriais nos âmbitos da educação e da saúde são estratégias importantes para promoção à saúde. Considerações finais: o uso racional de medicamentos é uma questão que deve ser discutida em ações de educação em saúde nas escolas, tendo em vista que, a automedicação, no Brasil, tem grande relação com condições socioeconômicas e nível de escolaridade da população.