INTRODUÇÃO: o acidente vascular encefálico (AVE), também conhecido como derrame cerebral, é uma condição grave que afeta os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro. Quando um vaso sanguíneo se rompe (hemorrágico) ou é bloqueado por um coágulo de sangue (isquêmico), ocorre uma interrupção no fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro. Isso pode resultar em danos permanentes ou temporários às funções cerebrais controladas por essa área. OBJETIVO: descrever o perfil das internações por acidente vascular encefálico na Bahia, no período de 2019 a 2024. MÉTODO: trata-se de um estudo descritivo, do tipo ecológico, realizado com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Office Excel 2016 e apresentados através da estatística descritiva, frequências absoluta e relativa. RESULTADOS/ DISCUSSÃO: na Bahia, no período estudado foram registradas 80.693 internações por AVE, destas 94,45% classificadas com hemorrágicas, prevalecendo o sexo masculino com 40.923 casos (50,71%); a faixa etária mais atingida em ambos os sexos foi às pessoas idosas >70 anos com 39.309 internações (48,71%). Destaca-se o registro de 56 casos (0,07%) em crianças menores de 01 ano de idade. Quanto à variável cor/raça prevaleceu preto/parda totalizando 55.697 (69,02%), e um elevado percentual de dados ignorados 20.608 (25,54%). No ano de 2023 ocorreu o maior número de internações, 16.558 (20,52%), seguido do ano de 2022 com 16.009 (19,84%), e o ano com menor registro foi o de 2018 com 1.050 (1,30%). No ano de 2024 até o mês de abril já foram registradas 3.861 internações, correspondente a 4, 78%. A média de permanência foi de 7,5 dias de internação hospitalar por paciente nos anos estudados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: observou-se o aumento expressivo de internações por AVE nos últimos anos analisados, especialmente entre homens, idosos, pretos/pardos. O elevado número de internações pela patologia atrelada ao crescimento de doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus reforçam a necessidade de intensificação de ações de prevenção e promoção da saúde, visando o cuidado integral nos níveis de atenção primária no estado da Bahia e evitando as complicações relacionadas a essas doenças, além de custos crescentes no setor saúde no tratamento, recuperação e reabilitação destes indivíduos.