INTRODUÇÃO: A Derivação Ventricular Externa (DVE) é uma intervenção crucial para o manejo da hipertensão intracraniana em pacientes neurocríticos, como aqueles com hidrocefalia, hemorragias, tumores, meningites ou traumatismo cranioencefálico. O parecer N° 030/2021 do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) enfatiza a complexidade da assistência de enfermagem ao paciente com DVE, exigindo capacitação para prevenir infecções e remoções acidentais, detectar obstruções e gerenciar a drenagem. OBJETIVO: Relatar a experiência da assistência de enfermagem ao paciente crítico em uso da derivação ventricular externa. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, acerca das experiências profissionais de Residentes de Enfermagem em Terapia Intensiva quanto à assistência a pacientes críticos em uso da DVE de um hospital público de alta complexidade do estado de Pernambuco. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Durante a assistência ao paciente neurocrítico com DVE, as principais intervenções incluem controle hemodinâmico e exame neurológico para identificação de sinais de HIC, como vômitos em jato, papiledema, bradipneia, bradicardia e hipertensão arterial. A manutenção do sistema de drenagem e a avaliação do líquido drenado são cruciais para detectar sinais de infecção e obstrução. A equipe realiza o esvaziamento da bolsa coletora quando atinge 2/3 de seu volume ou a cada 12 horas, registrando o débito. Os cuidados com o sítio de inserção e o curativo da DVE são realizados diariamente, seguindo técnica asséptica e protocolos institucionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os cuidados de enfermagem são fundamentais para pacientes em uso de DVE, não apenas para o controle da pressão intracraniana, mas também para prevenir complicações. A implementação de práticas baseadas em evidências e a educação continuada são fundamentais para assegurar uma assistência qualificada e segura, destacando a importância da capacitação contínua da equipe de enfermagem neste contexto.