Introdução: A gravidez na adolescência é um grande desafio social e de saúde pois evoca as representações da vida sexual, social e reprodutiva de jovens aumentando riscos obstétricos e mortalidade materna e infantil. Compreender o perfil dessas adolescentes é crucial para prevenir gestações precoces como as deste estudo. Objetivo: Caracterizar perfis clínicos e epidemiológicos das gestações na adolescência. Método: Trata-se de um estudo ecológico a partir de dados secundários, retirados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) em junho de 2024. Dados de 2019 a 2022 foram coletados referente as gestações em adolescente na cidade de Floriano - PI, onde três grupos foram analisados: (A) a mãe; (B) ao parto; e (C) ao recém-nascido. A faixa etária considerada aos adolescentes – conforme o ministério da saúde – fora de 10 a 19 anos. Após a coleta, os dados foram dispostos em planilha da Microsoft Excel® para análise/aplicabilidade de métodos estáticos descritivos. Resultados: 483 casos foram observados referentes ao estudo ecológico (grupos A, B e C), quanto ao perfil clínico e epidemiológico da gestação na adolescência. Para o grupo A (mãe): as informações dados fornecem uma visão geral das características sociodemográficas das mães adolescentes na região estudada, destacando a predominância de adolescentes entre 15 a 19 anos com 96,27% dos casos (n=465), escolaridade entre 8 a 11 anos 81,84% (n=395), em união estável 46,57% (n=225) de cor parda 75,16% (n=363). No grupo B (parto), os dados evidenciam 255 consultas pré-natais 52,80%, com gestações únicas 98,76% (n=477) e de duração completa 80,79% (n=390). A maioria dos partos ocorreram em hospitais 99,38% (n=480), sendo 57,30% partos cesáreos (n=277). Já o grupo C (recém-nascido): observa-se que os recém-nascidos tem peso de 3000g a 3999g ao nascer 42,30% (n=255) e uma boa pontuação APGAR 94,67% (n=469) indicando boa saúde inicial. Em relação ao sexo, o predomínio foi feminino 50,51%) (n=247). Considerações Finais: Este estudo destacou a necessidade de intervenções educativas de acesso à saúde e suporte social para adolescentes grávidas, visando eficácia na prevenção de gravidezes precoces e na melhoria das condições de vida destas mulheres e seus filhos.