Introdução: O traumatismo decorrente dos procedimentos cirúrgicos pode desencadear alterações fisiopatológicas e emocionais, as quais prioritariamente devem ser manejadas, a fim de evitar prejuízos à recuperação dos pacientes. Dentre essas perturbações, a dor, que consiste em um fenômeno sensitivo e emocional desagradável, relacionando-se à lesão real ou potencial dos tecidos, caso não adequadamente tratada, pode produzir consequências deletérias, aumentando o risco de morbimortalidade nesse período. Por isso, deve ser constantemente avaliada, com o propósito de controle álgico. Objetivo: Identificar os dispositivos disponíveis para o eficaz manejo da dor no pós-operatório. Metodologia: Respalda-se por uma revisão da literatura, de abordagem qualitativa, derivada de pesquisa de artigos referente ao tema proposto, durante o período de junho de 2024, a partir das bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), empregando-se os descritores Dor Pós-Operatória AND Manejo da Dor AND Período Pós-Operatório, gerando 1318 artigos que, após a operação dos filtros textos completos, português, inglês e espanhol, resultaram em 801 trabalhos, os quais, posteriormente à leitura dos resumos, foram selecionados 6 que condiziam com objetivo do estudo. Resultados: O manejo adequado da dor demanda associação entre: analgesia multimodal, com utilização de anti-inflamatórios não esteroidais e opiáceos, por efeito sinérgico e de redução de dosagem das medicações; prescrição de analgésicos em horários fixos, bem como doses de resgate; abordagem cognitivo-comportamental, a exemplo de exercícios de relaxamento e de imaginação dirigida; musicoterapia; realidade virtual, nos casos pediátricos, a partir de óculos de realidade aumentada; mecanismos físicos, como utilização local de aquecimento e resfriamento, além massagens; eletroanalgesia, por meio de Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS), e laserterapia de baixa intensidade. Considerações Finais: Infere-se, portanto, que a dor, além de um fenômeno presente no pós-operatório, representa um importante fator de morbimortalidade. Dessa maneira, os profissionais de saúde devem utilizar o arsenal terapêutico disponível, a fim de promover conforto sensitivo e emocional aos pacientes, isto é, acolhimento e humanização a suas dores.