Introdução: As taxas de morbidade e mortalidade materna e infantil continuam a aumentar, apesar das estratégias implementadas para mitigar esse problema de saúde pública. Objetivo: Determinar a associação entre as complicações obstétricas durante a gravidez e as complicações do recém-nascido em uma unidade de atenção primária. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, analítico de tipo coorte realizado no período de dezembro de 2020 a abril de 2022. A amostra foi composta por 90 mulheres grávidas maiores de 13 anos que foram atendidas em um centro de saúde em Puebla, México. Para a classificação das complicações durante a gravidez, foram utilizadas as "Guías de Práctica Clínica ‘Evidencias y Recomendaciones’"; guias ginecoobstetricas certificadas e validadas no território mexicano. Para definir as características clínicas do recém-nascido, foi utilizada a "Norma Oficial Mexicana NOM-007-SSA2-2016, Para la atención de la mujer durante el embarazo, parto y puerperio, y de la persona recién nacida. Foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) ou Pacote Estatístico para Ciências Sociais versão 18. Utilizou-se o teste t de Student para variáveis numéricas, o teste de Qui-quadrado para variáveis nominais e a regressão logística para a análise bivariada. O estudo foi aprovado por um comitê de ética em pesquisa. A pesquisa seguiu a "Norma Oficial Mexicana NOM-012-SSA3-2012, Que estabelece los critérios para la ejecución de proyectos de investigación para la salud en seres humanos. Resultados: A idade média das participantes foi de 24,4 anos. A complicação mais comum em cada trimestre foi a infecção do trato urinário 26,7%. Além disso, 48,9% dos recém-nascidos apresentaram problemas respiratórios, avaliados pelo teste de Silverman-Anderson. Por fim, foi identificada uma associação significativa (p < 0,001) entre infecções urinárias recorrentes durante a gravidez e dificuldades respiratórias nos recém-nascidos. Conclusão: As infecções do trato urinário estão possivelmente associadas a dificuldades respiratórias em recém-nascidos, o que destaca a necessidade urgente de desenvolver e aplicar intervenções mais eficazes para proteger a saúde de mães e crianças, especialmente nas regiões mais vulneráveis.