
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO TERRITÓRIO BRASILEIRO DE 2018-2022
Relatoria:
Francisca Andreza Araujo Soares
Autores:
- Maria Gabriele Alves Bezerra
- Ryan Pinho dos Santos
- Maria Eduarda Bezerra
- Anne Lívia Cavalcante Mota
- Maria da Conceição dos Santos Oliveira Cunha
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, que é transmitido ao homem pelas fezes dos insetos vetores, mas também pode ocorrer pelas vias transfusional, transplacentária e oral. Objetivo: analisar a distribuição espaço-temporal da doença de chagas aguda, no período de 2018-2022, no Brasil. Metodologia: estudo descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados do Sistema de Informação sobre Agravo e Notificação (SINAN) no sítio eletrônico do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). O período de coleta ocorreu no mês de junho de 2024. Foram realizadas a tabulação das frequências absolutas e relativas dos dados. Esse estudo foi desenvolvido como parte das atividades de pesquisa do Grupo de Pesquisa e Extensão de Doenças Negligenciadas dos Sertões de Crateús - GPEDONE. O estudo não necessitou de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, pois trabalhou com dados agregados e de domínio público. Resultados/discussão: foram confirmados cerca de 1685 novos casos de doença de chagas aguda no Brasil. Do total de casos, 889 (52,75%) eram do sexo masculino, cor/raça autodeclarada parda 1393 (82,7%), 575 (34,12%) na faixa etária entre 20-39 anos. Em relação a contaminação, 1185 (70,3%), aconteceram no domicílio e 1466 (87%) ocorreu pela via oral. De todos os casos, 18 (1%), evoluíram para óbito pelo agravo notificado. No que se refere a distribuição espacial dos casos, verifica-se que a incidência é maior no estado do Pará com 1291 (76,61%). A região amazônica costuma ter surtos epidêmicos constantemente e o Pará vem sendo destaque nos últimos anos. Considerações finais: com base dos dados apresentados, as ações de controle vetorial e a intensa vigilância na triagem de doadores de sangue e órgãos deve fazer parte do plano de atenção à saúde, especialmente nas áreas em que ocorrem surtos epidêmicos.