Introdução: A doação de órgãos pode ser compreendido como uma estratégia terapêutica essencial para diversas doenças crônicas de caráter irreversível, incapacitantes e que não possuem tratamento. Nessa perspectiva, a utilização da educação Permanente em Saúde (EPS), pode proporcionar conhecimento teórico e a construção de uma comunicação efetiva entre profissionais para que possam atuar de modo efetivo e com segurança na concretização do transplante de órgãos. Objetivo: Descrever a experiência de residentes de enfermagem obstétrica na oferta de educação permanente voltada a doação e o transplante de órgãos. Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado durante o mês de novembro do ano de 2023. O relato foi colhido através da vivência de Enfermeiras residentes em obstetrícia ao oportunizarem educação permanente a 40 profissionais de saúde dos setores da Triagem obstétrica, Unidade de cuidados intensivos e alojamento conjunto, de uma maternidade de Alto Risco, situada no estado de Pernambuco. A temática foi abordada em formato de roda de conversa e foi ofertado aporte teórico para identificação de potencial doador, a importância da notificação, e quais os órgãos/tecidos que podem ser doados (em vida e no post mortem) e a respeito do processo de retirada de órgãos. Resultados/Discussão: Durante a atividade da educação permanente em saúde foi utilizado como estratégia pedagógica a problematização, onde indivíduos são questionados quanto ao seu conhecimento prévio e é promovida a abertura para compartilhar suas dúvidas. O conteúdo foi apresentado de forma dinâmica e essa estratégia se mostrou como um recurso importante para construção da criticidade, pensamento reflexivo e um olhar ampliado em relação a importância de identificar possíveis doadores de órgãos, através de uma ausculta qualificada e comunicação efetiva com os familiares. Ademais, os profissionais foram sensibilizados sobre formas de orientar a população, a fim de promover a desconstrução mitos, tabus e pensamentos incoerentes quanto a temática abordada. Considerações finais: Verificou-se que o uso da educação permanente possibilitou reflexão e aperfeiçoamento do conhecimento teórico científico sobre o referido assunto, oportunizando assim, que esses profissionais sejam capazes de desmitificar e difundir informações consistentes entre a população geral, no intuito de promover o aumento no número de futuros doadores de órgãos.