Introdução: A esquizofrenia atinge cerca de 24 milhões de pessoas no mundo todo, tendo a maior incidência em países desenvolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma das dez doenças mais debilitantes que afetam a população. Esse transtorno designa um grave distúrbio mental que apresenta curso e prognóstico variáveis. Objetivo. Compreender a percepção do cuidado através da trajetória das famílias que convivem com um paciente esquizofrênico e o entendimento da família sobre a doença. Métodos. Trata-se de um estudo qualitativo por meio de inquérito domiciliar no CAPS de Medianeira. A população de estudo foi composta de familiares de pacientes portadores de esquizofrenia e foram abordadas 15 famílias. O estudo avaliou, por meio de entrevista com perguntas abertas, a percepção do cuidador familiar no cotidiano do paciente com esquizofrenia no começo do adoecimento, no atual momento e suas perspectivas para o futuro. Resultados e discussões. A análise das entrevistas de cada familiar sobre a trajetória do cuidado com o portador de esquizofrenia foi marcada por três etapas na vida do cuidador: o passado, o presente e o futuro. Cada história contada foi agrupada, retratando a diferença do início do adoecimento, do presente momento e quais as expectativas para o futuro. A maior mudança citada foi de abandonar o emprego para cuidar do indivíduo com transtorno mental. Conclusão. Foi observado que a percepção do cuidado através da trajetória das famílias que convivem com um paciente esquizofrênico adaptou-se conforme as experiências vividas por cada familiar.