INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde (APS) é amplamente vista como a coordenadora do cuidado e a principal porta de entrada para os diferentes níveis da Rede de Atenção à Saúde (RAS). No entanto, existe uma percepção errônea de que os pacientes na APS estão menos expostos a práticas inseguras. A segurança do paciente, que envolve a redução de riscos e danos desnecessários na assistência à saúde, é uma questão prioritária em programas e políticas de saúde globalmente. OBJETIVO: Analisar e contextualizar a qualidade da segurança do paciente e suas complexas relações no âmbito da Atenção Primária à Saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa. As buscas foram realizadas nas bases de dados: SciELO, Google Acadêmico e BDENF, via BVS. Foram utilizados os descritores: segurança, paciente e atenção primária. Os critérios de inclusão abrangeram artigos completos, disponíveis em português, publicados nos últimos cinco anos. Foram excluídos artigos duplicados e aqueles que não respondiam à pergunta de pesquisa, resultando em uma amostra final de 15 publicações. RESULTADOS: Estudos indicam que erros na APS podem resultar de comunicação deficiente, gestão ineficaz, problemas estruturais e lacunas na formação dos profissionais. Em 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, com o objetivo de identificar e definir prioridades na área da segurança do paciente. No Brasil, a segurança do paciente foi fortalecida em 2013 com a criação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, que implementou os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) e protocolos básicos de segurança. Em 2017, a segurança do paciente foi integrada à Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), promovendo cuidados mais seguros e a cultura de segurança na APS. Devido à complexidade das tarefas na enfermagem, é essencial que os profissionais sigam diretrizes rigorosas para garantir a segurança dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a OMS incentivando estratégias para garantir um cuidado primário seguro, a segurança do paciente tornou-se uma prioridade global. Ela é crucial para assegurar a qualidade dos serviços de saúde, aumentando a chance de resultados positivos e prevenindo eventos adversos que podem causar danos irreversíveis e custos elevados para os pacientes e suas famílias.