Introdução: A descoberta do SARS-CoV-2, identificado em Wuhan, China, no final de 2019, iniciou uma pandemia global. Em 11 de março de 2020, a OMS declarou a COVID-19 como uma pandemia. O vírus se transmite por contato direto entre pessoas, gotículas expelidas por espirros ou tosse, e por superfícies contaminadas. Para reduzir a transmissão, foram implementadas medidas preventivas, como evitar aglomerações e manter uma distância mínima de um metro e meio. O isolamento social visava prevenir a disseminação do vírus, mas causou impactos físicos e psicológicos, aumentando sintomas depressivos, ansiedade e estresse. Desigualdades sociais, acesso desigual aos serviços de saúde e racismo estrutural agravaram os impactos da COVID-19 em algumas comunidades. Na América Latina e Caribe, a pandemia afetou áreas já enfrentando desigualdades sociais e serviços de saúde fragmentados. O redirecionamento de profissionais de saúde para casos de COVID-19 e a criação de novos leitos dificultaram o acesso a cuidados de rotina, impactando negativamente a saúde, especialmente das mulheres. É crucial analisar as vivências e fragilidades intensificadas pela pandemia, especialmente na saúde da mulher. Objetivo: Analisar as repercussões na saúde da mulher durante o primeiro ano de isolamento social na pandemia da COVID-19 em países que adotaram lockdown. Método: Revisão Integrativa realizada nas bases de dados MEDLINE (PubMed), LILACS e BIREME, abrangendo estudos originais publicados entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021 que retratassem na íntegra a temática em estudo. Resultados. A amostra final foi composta por um total de 257 artigos. Após aplicação dos filtros e exclusão publicações duplicadas ou com os critérios de exclusão, restaram 33 artigos para leitura na íntegra, resultando de 17 artigos elegíveis. Foi elaborado um fluxograma das etapas do processo de realização e o modelo PRISMA 2020. Os temas identificados foram agrupados em três categorias temáticas: impactos sociais, impactos relacionados à saúde sexual e reprodutiva, impactos na saúde Mental e violência. Conclusão: O sexo feminino é mais suscetível aos efeitos negativos do isolamento social, afetando sua saúde física, mental e aspectos sociais. Questões de gênero, raça e classe social influenciam de maneiras distintas o aumento da violência doméstica. Destaca-se a necessidade de medidas específicas para fortalecer a proteção e oferecer cuidado integral à saúde das mulheres, promovendo a igualdade de gênero.