Introdução: a atuação do enfermeiro no cuidado de pacientes com feridas deve ser ético, integral e holístico. Para além dos conhecimentos sobre cicatrização e coberturas, o enfermeiro necessita de habilidades e atitudes para direcionar o paciente ao autocuidado. Objetivo: analisar os Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) dos profissionais de enfermagem acerca do cuidado com feridas. Método: trata-se de uma revisão de escopo realizada nas bases Pubmed, Scopus, Embase e Bireme no período de novembro de 2023 a fevereiro 2024. Foram identificados 5115 estudos, dos quais 12 foram incluídos e 5103 excluídos por serem duplicados, indisponíveis na íntegra, publicados há mais de 10 anos ou sem relação com o objetivo do estudo. A elegibilidade baseou-se no método PRISMA-scr. Resultados/discussão: os resultados da revisão indicam que a maioria dos estudos apontam que os profissionais de enfermagem se sentem mais aptos a tratar de feridas após participarem de intervenções educativas. Esses treinamentos e programas de educação continuada demonstraram eficácia significativa na melhoria do CAP dos enfermeiros na relação ao cuidado. Especificamente, vários estudos focaram exclusivamente em um dos três aspectos: conhecimento, atitude ou práticas. Alguns estudos analisam apenas o conhecimento dos enfermeiros, revelando lacunas que podem ser preenchidas por meio de educação formal e treinamentos específicos. Outros estudos abordaram as atitudes dos profissionais, destacando a importância de desenvolver atitudes positivas e proativas no manejo de feridas. Ainda assim, algumas investigações foram feitas sobre práticas clínicas, evidenciando a necessidade de protocolos claros e atualizados para garantir o tratamento eficaz de feridas. Considerações finais: conclui-se que a capacitação contínua dos enfermeiros por meio de intervenções educativas é fundamental para o aprimoramento do cuidado com feridas. A revisão destacou a necessidade de abordagens educacionais abrangentes que integrem conhecimentos, atitudes e práticas. Tais iniciativas não apenas melhoram a competência técnica dos profissionais, mas também promovem uma atitude positiva e práticas clínicas baseadas em evidências, resultando em uma assistência de qualidade superior para os pacientes.