INTRODUÇÃO: A celulose bacteriana consiste em um biopolímero natural produzido por algumas bactérias, e apresenta atividade biológica, biodegradabilidade e adaptabilidade. Além disso, possui alta capacidade de absorção de água e resistência, fornecendo uma base para cicatrização de feridas, tais como: úlceras arteriais e venosas. OBJETIVO: Descrever a eficácia do tratamento das úlceras vasculares, com a utilização da celulose bacteriana. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizado por meio de consultas nas bases eletrônicas, incluindo PUBMED, WEB OF SCIENCE e SCOPUS. Foi realizado através dos descritores “Leg ulcer”; “Cellulose” e “Biopolymer”. No qual os filtros aplicados foram de temporalidade dos últimos 5 anos e estudos clínicos e randomizados. Ao todo foram encontrados 7 artigos, dos quais 2 eram duplicados, que após a leitura, 5 foram selecionados para compor a amostra final do estudo. RESULTADOS: Os artigos apresentaram pacientes com faixa etária de 49 a 90 anos, tendo maior percentual de comorbidades a hipertensão arterial e diabetes mellitus. Dessa forma, a coexistência dessas doenças impacta negativamente na cicatrização das úlceras vasculares. Assim sendo, a celulose foi capaz de reduzir a troca frequente de curativos, diminuindo a dor e o risco de infecção, proporcionou uma barreira semi-permeável e manteve a umidade e troca de gases. As suas propriedades permitiram a diminuição da área da ferida, com a formação do tecido de granulação, aumentando a perfusão sanguínea e reduzindo o exsudato. Ademais, auxiliou na proteção mecânica da ferida, impedindo a proliferação bacterina, e devido sua alta pureza, ocorreu a redução dos riscos de reações alérgicas e rejeição. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A celulose bacteriana configura uma alternativa terapêutica no tratamento de úlceras crônicas, por apresentar uma matriz tridimensional, podendo ser utilizada como transportadora para liberação lenta de medicamentos e estimular o crescimento celular no leito da lesão, além de possibilitar conforto ao paciente, devido sua flexibilidade e biocompatibilidade. Entretanto, em comparação com curativos tradicionais, há uma necessidade de estudos e aperfeiçoamento por parte dos profissionais de saúde para otimizar a sua aplicação na cicatrização.