INTRODUÇÃO: A Hemoterapia é um campo de atuação diverso que urge essencialmente o exercício da Enfermagem, labutando para favorecer uma assistência competente, resolutiva e segura. O cuidado em hemoterapia exige responsabilidade, tomada de decisão imediata e congruências de saberes, perpassando níveis de complexidade que vão desde o planejamento, execução, supervisão e avaliação dos procedimentos e o gerenciamento do Ciclo do Sangue. OBJETIVO: Ressaltar a importância de abordar a hemoterapia nas matrizes curriculares para qualificar futuros enfermeiros. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO, filtrado entre os últimos 5 anos, incluindo trabalhos completos, citáveis. Os descritores utilizados foram: Transfusão de sangue, estudantes de enfermagem e Hemoterapia. A partir dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, chegou-se a 8 artigos. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A hemoterapia é um campo que a Enfermagem é protagonista. No Brasil, atualmente, a regulamentação do enfermeiro diante das suas competências está prevista na resolução do COFEN Nº 709/2022, como base o código de ética dos profissionais de Enfermagem. O Enfermeiro atua em todo o processo: triagens hematológica e clínica, coleta de sangue total ou aférese; instauração de processos de hemovigilância e retrovigilância; na segurança do ato transfusional e intercorrências; e acompanhamento de pacientes com patologias hematológicas. É imperativa uma formação generalista que sirva como base para aperfeiçoamento dos conhecimentos necessários e a matriz curricular dos cursos de enfermagem provoca um hiato formativo para os discentes que saem da graduação sem a vivência da hemoterapia e saberes correlatos; enfrentando obstáculos na terapia transfusional; bem como das patologias hematológicas. O monitoramento do conhecimento de enfermeiros recém-formados encontra lacunas como: identificar hemocomponentes e hemoderivados existentes, seu manejo e indicações; identificar reações pós transfusionais; executar a segurança do ato transfusional; e até mesmo a lei do exercício profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se a importância da adequação da grade curricular acadêmica na formação dos profissionais de enfermagem. Com isso, reconhecer essa fragilidade é o primeiro passo para modificar o acesso ao conhecimento da Hemoterapia, tratando como uma área relevante ao trabalho da Enfermagem em todo o ciclo do sangue.