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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA AO ZIKA VÍRUS NO BRASIL DE 2015 - 2023
Relatoria:
LARISSA LUDMILA MONTEIRO DE SOUZA BRITO
Autores:
  • DIANE SOUSA SALES
  • Ana Beatriz Batista e Silva
  • Antonio José Lima de Araujo Junior
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O vírus da zika em gestantes causa a síndrome congênita associada ao zika vírus, ocasionando más formações fetais. Entre 2015 e 2017 houve uma epidemia de casos de recém-nascidos que nasceram com microcefalia devido ao vírus no Brasil. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da síndrome congênita associada ao zika vírus no Brasil de 2015 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo descritivo, utilizando-se dados disponíveis no Registro de Eventos em Saúde Pública Microcefalia do período de 2015 a 2023, que é o monitoramento integrado de vigilância e atenção à saúde de condições relacionadas às infecções durante a gestação, identificadas no pré-natal, parto e puericultura. Estudo envolve dados de domínio público que não identificam os sujeitos do estudo, dessa forma não necessita de aprovação do comitê de ética e pesquisa. Resultados: No período de 2015 a 2023, foram notificados 1.828 (48,9%) casos de síndrome congênita associada ao zika vírus, o nordeste se destacou como região com o maior percentual de casos (75,5%) no mesmo período e de óbitos (66,3%) em 2016. Os óbitos confirmados pela esta síndrome foram de 261(14,3%) casos, onde 56 foram óbitos fetais, 42 foram abortos espontâneos e 162 foram óbitos pós-natais. Observa-se que após o período epidêmico (entre os anos de 2015 e 2017) houve um queda no número de casos de crianças com a síndrome, pois dos 1.035 casos suspeitos, apenas seis casos foram confirmados como a referida síndrome no ano de 2023, assim como o discreto número de sete óbitos de casos confirmados para a síndrome, em 2023. O monitoramento dos dados, incluindo a confirmação dos casos suspeitos, são ações relevantes para prevenção de novos casos com o intuito de reduzir a quantidade de crianças acometidas, além disso, desenvolvimento de estratégias para proporcionar acompanhamento especializado para dar suporte na evolução clínica dessas crianças. Conclusão: Apesar da redução significativa do número de casos, faz-se necessário a constante vigilância para detecção de novos casos, prevenção de surtos e redução óbitos, através da adoção de medidas de monitoramento e controle da doença, além do cuidado específico com as crianças acometidas e com suas famílias, visando um melhor desenvolvimento individual e inclusão para esse público.