Introdução: A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode afetar humanos e animais. Nos últimos anos, a esporotricose tem emergido como um problema significativo de saúde pública no Brasil, especialmente em estados como o Amazonas. A doença é frequentemente transmitida por arranhões ou mordidas de gatos infectados, mas também pode ocorrer através do contato com solo ou vegetação contaminada. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a incidência de esporotricose humana no estado do Amazonas entre 2022 e 2023, identificando os principais fatores de risco e propondo estratégias de controle e prevenção da doença. Metodologia: Para a realização deste estudo, foram coletados dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM) e do Ministério da Saúde do Brasil, abrangendo o período de janeiro de 2022 a dezembro de 2023. Foram analisados os casos confirmados de esporotricose humana, bem como os dados sociodemográficos dos pacientes. Além disso, foi realizada uma revisão da literatura científica disponível em bases de dados como PubMed e SciELO para identificar fatores de risco e estratégias de controle. Resultados: Os dados epidemiológicos indicam um aumento significativo nos casos de esporotricose humana no estado do Amazonas. Em 2022, foram registrados 150 casos confirmados, enquanto em 2023, esse número aumentou para 220 casos. A maioria dos casos foi reportada na capital, Manaus, mas também houve notificações em municípios do interior. Os fatores de risco identificados incluem contato direto com gatos infectados, condições precárias de saneamento e falta de conhecimento sobre a doença entre a população. Conclusão: A esporotricose humana está em ascensão no estado do Amazonas, com um aumento significativo de casos entre 2022 e 2023. Medidas de controle e prevenção, como campanhas de conscientização, melhora no diagnóstico e tratamento precoce, e controle da população de gatos de rua, são essenciais para conter a propagação da doença. A vigilância epidemiológica contínua e a educação em saúde são fundamentais para reduzir a incidência de esporotricose e proteger a saúde pública no Amazonas.