Introdução: O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma possível escolha terapêutica no âmbito onco-hematológico. Porém, o procedimento é complexo, longo e agressivo. Nesse contexto, a realidade virtual (RV) surge como uma tecnologia promissora que pode ser utilizada para redução dos efeitos deletérios do TCTH, como ansiedade e dor, além de promover bem estar aos pacientes, seja por meio da distração, entretenimento ou facilitando o relaxamento. Objetivo: Identificar na literatura as aplicações da RV no processo de TCTH. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, desenvolvida com base nas etapas propostas por Whittemore e Knafl (2005). Como questão de pesquisa definiu-se: “Quais as aplicações da RV no processo de TCTH?”. Foram definidos os seguintes descritores para as buscas: “Virtual Reality” AND “Hematopoietic Stem Cell Transplantation” OR “Bone Marrow Transplantation”. A coleta de dados ocorreu no mês de junho de 2024, nas seguintes bases de dados: SCOPUS, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PubMed e Cochrane library, Web of Science e ScienceDirect. Não houve delimitação temporal e de idioma. Foram excluídos editoriais, resumos, protocolos, revisões e documentos da literatura cinzenta. Resultados/Discussão: Inicialmente foram identificados 175 documentos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade e leitura de títulos e resumos, foram selecionados 10 estudos para leitura na íntegra. Desses, cinco foram incluídos na amostra. Todos foram estudos de intervenção e a maior parte foi publicada no ano de 2022 (40%). As pesquisas foram conduzidas no Brasil (40%), Estados Unidos da América (40%) e Turquia (20%). Os estudos incluídos na revisão demonstraram que a RV pode ser utilizada de maneira eficaz durante a aspiração de medula óssea e biópsia. Além disso, a revisão identificou a aplicação da RV durante a hospitalização de pacientes transplantados, visando avaliar seus efeitos nos sinais vitais, na qualidade de vida e no sofrimento psicológico. Considerações finais: A RV pode ser uma alternativa viável e não invasiva, que contribui em aspectos psicológicos, tratamento e alívio de sintomas no contexto do TCTH.