Introdução: A adesão à medicação pós-transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é crucial para evitar complicações graves e readmissões hospitalares. Pacientes imunossuprimidos têm maior risco de infecções, o que torna a adesão ainda mais importante para o sucesso do transplante. Contudo, as taxas de adesão variam significativamente e tendem a diminuir ao longo do tempo. Assim, é essencial entender os fatores que influenciam a adesão para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Analisar os contextos que influenciam a adesão à medicação após a alta hospitalar de pacientes em fase de pós-TCTH. Método: Análise de contexto de acordo com o referencial proposto por Hinds, Chaves e Cypress (1992), operacionalizada por uma revisão de escopo, na qual foram selecionados 27 estudos que subsidiaram a discussão. Resultados/Discussão: Os dados foram correlacionados e agrupados de acordo com suas particularidades, apresentadas em níveis contextuais (imediato, específico, geral e metacontexto). O contexto imediato, que envolve a compreensão do fenômeno na forma em que ocorre, abrangeu a influência dos aspectos psicológicos, físicos e cognitivos do paciente para adesão. Podem ser citados sintomas como depressão, náusea e a negação do tratamento, além de memória prejudicada. O contexto específico, moldado por várias circunstâncias do momento em questão, envolveu os facilitadores da adesão, como a rede de apoio, além das barreiras que incluem a complexidade do tratamento e dificuldade de acesso aos medicamentos. Já no contexto geral foram consideradas as interpretações desenvolvidas pelo sujeito, que nesse estudo foi pautado nas particularidades da relação profissional-paciente, destacando-se o foco na doença em detrimento dos demais aspectos do cuidado integral. Por fim, ressalta-se o metacontexto, fonte de conhecimento socialmente construído, no qual identificou-se que há escassez de diretrizes e programas institucionais para o cuidado do paciente pós-TCTH no âmbito da adesão. Considerações Finais: Os elementos contextuais destacam a importância de um cuidado holístico, que envolva profissionais de saúde, pacientes e familiares, e reconheçam a falta de adesão medicamentosa como um potencial problema de saúde pública.