INTRODUÇÃO: A Cannabis, popularmente conhecida como “maconha” é utilizada desde os primórdios, sendo que atualmente vem ganhando um grande espaço de exploração no que tange à sua aplicação medicamentosa. De seus substratos, tem-se em destaque o ?9-tetrahidrocanabinol e o canabidiol (com ação terapêutica). O uso de abuso da erva originou um tabu que perdura hodiernamente, sendo relacionada a um público marginalizado, gerando assim um preconceito e criando barreiras que dificultam a adesão aos medicativos. A partir do exposto, nota-se a necessidade de estudos e divulgação de informações precisas acerca dos benefícios do uso terapêutico da maconha. OBJETIVO: Identificar evidências que explanem a eficácia e aceitação do uso da Cannabis como terapia medicamentosa frente às barreiras sociais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em junho de 2024, pautada na questão norteadora “Qual a eficácia da terapia com Cannabis na qualidade de vida dos pacientes?”. Os dados foram coletados do banco de dados Scielo, PubMed, UFAC, UFRN e BVS. Foram incluídos artigos científicos disponíveis na íntegra, de modo online e gratuito, nos idiomas português e/ou inglês, publicados entre 2006 e 2024. Dos trabalhos identificados, apenas 7 respondiam à questão norteadora e compuseram a amostra. Resultados: O Brasil ainda apresenta limitações quanto a produção e comercialização da planta para fins terapêuticos, levando ao público usuário ter que recorrer ao processo de importação, este que é de custo elevado, tornando assim o acesso ao tratamento um privilégio de poucos. A maconha apresentou-se efetiva para o tratamento de patologias, como: atenuamento de crises diárias causadas pela epilepsia refratária, diminuição de tremores na doença de Parkinson, redução de náuseas e vômitos causados pela quimioterapia refratária, aminguamento da dor causada pela fibromialgia, redução de ansiedade e melhora do sono, entre outros. Conclusão: Pode-se, portanto, concluir que a Cannabis possui eficácia no tratamento de diversas patologias, mas seu amplo uso ainda não é aceito socialmente. A partir disso nota-se a necessidade de um exímio esforço da enfermagem para promoção de educação em saúde, a fim de disseminar conhecimento e sanar dúvidas acerca dos benefícios da Cannabis, promovendo assim mudanças sociais e políticas, a fim de garantir acesso à saúde segura e de qualidade à população.