
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA À SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA EM DESASTRE NATURAL NO SUL DA BAHIA
Relatoria:
RUSINER DOS ANJOS REHEM FERREIRA
Autores:
- Juliana Brandão de Souza
- Tercília Maria Sousa Soares
- Karina Cerqueira Soares
- Tatiana Silva Santos Figueiredo
- Jefferson Alves Santana
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: No final de dezembro de 2021, fortes chuvas atingiram diversos municípios do Sul da Bahia, causando enchentes e inundações que desabrigaram inúmeras famílias. Desastres naturais como esse, aumentam o risco de contaminação da água e dos alimentos secundária ao transbordamento de esgotos e fossas sépticas; aumento da ocorrência de doenças infecciosas e agravamento das doenças de transmissão vetorial; acidentes por animais peçonhentos e por outros animais, e outras implicações. Paralelo a essa situação, a região ainda vivenciava a pandemia Covid 19, o que caracterizava mais um fator de risco para essas populações. OBJETIVO: Apresentar as ações articuladas entre a Vigilância em Saúde (VSA) e Atenção Básica (AB) do Núcleo Regional de Saúde Sul – NRSS em situação de desastre natural associada a período pandêmico. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, no período de dezembro de 2021 e janeiro de 2022, na região Sul da Bahia. RESULTADOS: A resposta a uma emergência em saúde pública causada por enchentes envolve o alinhamento e desenvolvimento de ações específicas e coletivas, para minimizar a ocorrência de doenças e agravos. No dia seguinte às fortes chuvas, equipes da Vigilância Sanitária (VISA) saíram a campo para avaliar os impactos do desastre. Havia muitos desabrigados, acolhidos em escolas, creches e galpões. Nessa perspectiva, as demais vigilâncias e a equipe da AB do NRSS, foram envolvidas nas ações para apoio aos municípios atingidos. Elaborou-se um plano para visitas de monitoramento e orientação aos locais que abrigavam as famílias, discussão com a gestão para estabelecimento de fluxo de pacientes e assistência às pessoas com sintomas como diarreia, vômito e febre, distribuição de hipoclorito de sódio e máscaras descartáveis, organização do fluxo de distribuição de insumos e medicamentos. À AB coube orientar os municípios para a potência do reconhecimento do território com a identificação das vulnerabilidades sociais e de saúde e, à VSA coube monitorar a situação epidemiológica de doenças transmissíveis relacionadas à inundação e outros agravos, além do monitoramento dos casos de síndrome gripal. CONCLUSÃO: A efetivação de um trabalho coletivo e coordenado impacta na redução das repercussões de eventos inesperados e devastadores para a população. Compreender esse processo de articulação e suas estratégias são potentes fomentadores para um serviço de qualidade, fortalecendo o Sistema Único de Saúde e seus atributos.