Introdução: O empreendedorismo é uma força motriz de transformação social e econômica e a partir disso, são necessárias novas ferramentas de inovação na área da saúde. Entretanto, é observado que a enfermagem está entre as profissões que menos desenvolve atividades empreendedoras. Dentre as áreas que o enfermeiro pode empreender, destaca-se a obstetrícia, na qual existe um vasto campo de atuação para o desenvolvimento de atividades empreendedoras, auxiliando as mulheres e suas famílias no ciclo gravídico puerperal, todavia, existem carências de estudos voltados para essa área. Objetivo: Conhecer e analisar a produção científica nacional e internacional dos últimos cinco anos sobre as iniciativas empreendedoras de enfermagem obstétrica, suas principais áreas de atuação e seus desafios. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de cunho qualitativo, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic e Google Scholar, realizada em junho do ano de 2024. Dentre os critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos, em português, inglês e espanhol, com os seguintes DeCs: Enfermagem, empreendedorismo, obstetrícia. Resultados e Discussão: Neste estudo foram encontrados sete artigos científicos, destes foram selecionados e analisados quatro, pois responderam diretamente o objetivo da pesquisa. Metade dos artigos destacam que é possível observar uma abordagem limitada sobre o empreendedorismo na graduação, que provoca uma baixa tendência empreendedora nos acadêmicos, que não visualizam essa área como um campo de atuação do enfermeiro. Além disso, um dos estudos aponta a legalização do empreendimento como um desafio, por ser um processo difícil e caro, dificulta a sua realização e a valorização dessa atividade. Todos os artigos, sem exceção, ressaltam que são necessários maiores incentivos para o enfermeiro empreender e mudar essa realidade. Considerações finais: A enfermagem obstétrica possui muitos campos de atuação empreendedora, apesar disso, ainda encontra muitos desafios, principalmente, falta de legislações que resguardem a autonomia do profissional, a ausência de um plano de negócio, falta de conhecimento sobre gestão empresarial, dificuldade na aquisição de insumos necessários a assistências e falta de valorização do enfermeiro como empreendedor. Por isso, é necessária a criação de políticas públicas que venham fomentar a criação de novos espaços de atuação para o enfermeiro.