Introdução: A Histerectomia consiste na cirurgia de remoção uterina parcial ou total. Estima-se que 20 a 30% de mulheres com idade abaixo de 60 anos serão submetidas ao procedimento. A assistência de Enfermagem remonta ao reconhecimento do ser de modo holístico, considerando a essência dos cuidados, como disposto no Modelo de Adaptação (MAR) de Callista Roy. Objetivo: Evidenciar a aplicação do modelo teórico do MAR à assistência pré-operatória de Enfermagem à Histerectomia eletiva. Método: Revisão integrativa de literatura, a partir da pergunta de pesquisa: “Quais as evidências da aplicação do Modelo de Adaptação à assistência pré-operatória de Enfermagem à Histerectomia eletiva?”. A análise foi proveniente da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE). Utilizou-se a estratégia PICo, sendo P: Pacientes de Histerectomia eletiva; I: Modelo de Adaptação; Co: Assistência Pré-operatória de Enfermagem, cujos descritores foram: “Teoria de Enfermagem”, “Cuidados Pré-operatórios”, “Enfermagem Pré-Operatória”, “Histerectomia”, uma vez que não há descritor para o Modelo de Adaptação de Roy. Houve a combinação dos termos pelos operadores AND e OR. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos dez anos (2014-2024) nos idiomas português e inglês. Excluiu-se as publicação que não fossem artigos. A partir da busca inicial, foram encontrados 881 estudos. Aplicando-se os critérios, obteve-se 64, destes, foram analisados títulos e resumos, resultando em 12 estudos. Resultados/Discussão: No contexto cirúrgico, é possível identificar que a mulher está permeada por condições que afetam diretamente na adaptação ao novo contexto em saúde. Nessa perspectiva, o MAR aplicado à assistência pré-operatória de Enfermagem atua no reconhecimento das necessidades adaptativas à Histerectomia. Isso porque a delimitação de respostas subdivididas nos modos Fisiológico, Autoconceito, Função do Papel e Interdependência conduz à identificação das fragilidades apresentadas e, por conseguinte, auxilia no planejamento assistencial visando gerar respostas comportamentais de adaptação. Considerações Finais: Assim, dado que a Histerectomia representa um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em Ginecologia, ressalta-se que é indubitável a proposição de estudos que reiterem as práticas que verdadeiramente atendam às necessidades das clientes.