INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infecciosa e negligenciada, considerada um problema de Saúde Pública; indicadores epidemiológicos da hanseníase do ano de 2022 evidenciaram que o Brasil ocupa o 2° lugar do mundo nos números de casos novos, perdendo apenas para a Índia; foram notificados no Brasil 19.635 casos novos de Hanseníase durante o ano de 2022, destes, 836 em menores de 15 anos. A nível nacional, o estado de Pernambuco ocupa o 3º lugar geral e do público menor de 15 anos; o número de casos notificados no estado foi de 1.849, 145 casos avaliados com Grau II de incapacidade física no momento do diagnóstico, destes, 92 eram menores de 15 anos. OBJETIVO: Analisar o grau de incapacidade física em adolescentes menores de 15 anos no estado de Pernambuco acometidos pela hanseníase. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, sobre o grau de incapacidade física em adolescentes menores de 15 anos no estado de Pernambuco, acometidos pela hanseníase. O estudo foi realizado através de dados secundários, oriundos do DATASUS no período de janeiro de 2020 a fevereiro de 2024. RESULTADOS: De acordo com os dados coletados, segundo o ano de diagnóstico de casos novos, na faixa etária de 10 a 14 anos, foram registrados 318 casos, analisados por avaliação de incapacidades físicas, distribuídos por ano subsequente 2019 (6%); 2020 (3%), 2021 (7%); 2022 (6%); 2023 (8%), destes, 266 casos eram em menores de 15 anos; em relação aos graus de incapacidade física, no ano de 2019, = Grau 0 (7%), Grau I (9%), Grau II (1%), 2020 = Grau 0 (12%), Grau I (9%), Grau II (5%), 2021 = Grau 0 (8%), Grau I (7%), 2022 = Grau 0 (9%), Grau I (6%), Grau II (9%) e 2023 = Grau 0 (9%), Grau I (7%) e Grau II (0%). O Brasil se apresenta endêmico e hiperendêmico em menores de 15 anos em alguns estados e suas capitais, Pernambuco e Recife estão classificados como hiperendêmicos em menores de 15 anos. CONCLUSÕES: Conforme os dados extraídos do DATASUS, observou-se uma subnotificação dos casos novos de hanseníase no Brasil, em menores de 15 anos e dos graus de incapacidade física, os dados identificados e analisados neste estudo, evidenciam a fragilidade dos resultados destes cruzamentos; Desde 2012, estratégias têm sido criadas, no combate à doença, entretanto pouco se tem avançado, uma vez que, quando diagnosticada precocemente, corrobora-se para cura e minimiza a ocorrência de incapacidades físicas.