INTRODUÇÃO:A circulação extracorpórea (CEC) compreende um conjunto de aparelhos e técnicas, as quais substituem temporariamente as funções de bomba do coração e respiratória dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação, o bombeamento do coração é desempenhado por uma bomba mecânica e as funções dos pulmões são substituídas por um oxigenador capaz de realizar as trocas gasosas com o sangue.OBJETIVO:Revisar a origem e o avanço tecnológico acerca da circulação extracorpórea.METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, com análise descritiva e reflexiva, foram utilizados artigos disponibilizados no National Library Of Medicine (NIH), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC) e livros técnicos acerca da temática.RESULTADOS:Em maio de 1953, representa um importante marco nessa tecnologia, o médico estadounidense John Heysham Gibbon no Massachusetts General Hospital realizou com sucesso o primeiro fechamento de defeito do septo interatrial, com o uso de uma máquina de circulação extracorpórea em uma paciente de 18 anos. No Brasil, em 1955 o médico Hugo João Felipozzi realizou a primeira cirurgia aberta sobre a valva pulmonar, com uso de uma máquina de circulação extracorpórea, essa técnica permite aos cirurgiões parar o coração, incisar suas paredes, examinar detalhadamente o seu interior e corrigir as lesões existentes sob visão direta. Atualmente tem impacto não só em cirurgias cardíacas, mas em outros procedimentos cirúrgicos, como cirurgias vasculares, transplantes cardíacos, além do tratamento por quimioterapia hipertérmica.CONSIDERAÇÕES FINAIS:Conclui-se que a técnica de circulação extracorpórea está sendo cada vez mais utilizada no contexto assistencial, principalmente em cirurgias cardíacas, levando significativos benefícios aos pacientes, mas há poucas produções acerca da temática, principalmente de pesquisas de dados primários, em idioma português. Outro achado, é que a maior parcela dos estudos encontrados procede da formação médica e cardiológica, ou seja, apesar do procedimento necessitar de uma equipe cirúrgica especializada e interprofissional, não são muitas as pesquisas implementadas por outros profissionais da área de saúde, a exemplo dos enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros.