INTRODUÇÃO: Os Direitos das Crianças e Adolescentes são discutidos em diferentes espaços da vida pública e privada. O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura-se nos princípios estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e, desse modo, reafirma que todas as crianças e adolescentes possuem os mesmos direitos fundamentais previstos pela norma suprema do país. OBJETIVO: Relatar a experiência de pesquisadoras de enfermagem em escutas de crianças e adolescentes para revisão e atualização do Plano Nacional Decenal de Direitos Humanos de crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, toma-se como período temporal as escutas realizadas no estado de Alagoas entre os meses de maio e junho de 2024. No total, foram realizadas 2 escutas utilizando a metodologia “word cafè”. A primeira escuta ocorreu com adolescentes entre doze e quinze anos e a segunda com crianças entre quatro e cinco anos. Os responsáveis assinaram os Termos de Assentimento e Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Durante o processo, a equipe de pesquisa se apresentou, explicou o projeto e usou perguntas direcionadas sobre políticas sociais básicas. As pesquisadoras se dividiram para conduzir a escuta e fazer os registros, os participantes tinham opção para falar, escrever ou desenhar e o feedback dos participantes trouxe assuntos importantes, indo além das questões norteadoras. Quando perguntados sobre o que uma criança ou adolescente precisa para ser feliz, as respostas foram relacionadas a brincar, dormir, comer, passear, já em relação à educação, saúde, assistência social, cultura, esporte e lazer, habitação e proteção, as respostas foram diversificadas e as sugestões de melhorias destacadas. No momento seguinte, foram utilizados materiais lúdicos, para que os participantes simulassem uma entrevista entre eles, possibilitando que os mesmos expressassem livremente suas opiniões, reclamações e posicionamentos sobre os direitos humanos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O resultado das escutas foi positivo para conhecer a percepção sobre direitos básicos de crianças e adolescentes. As pesquisadoras conseguiram criar um vínculo com os participantes e então foi possível obter a maior quantidade de relatos relacionados à temática. Destaca-se a importância das escutas, pois os resultados vão contribuir diretamente para Avaliação e revisão do Plano Nacional Decenal Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.