Introdução: A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou não a danos teciduais reais. Em pacientes oncológicos, a dor é complexa e multifacetada, que pode ser resultante do tumor, tratamentos e/ou procedimentos. Assim, a equipe de enfermagem tem um papel crucial no cuidado e na promoção de uma assistência humanizada com foco nas necessidades biopsicossociais do paciente e na garantia do seu bem-estar. Objetivo: Identificar na literatura científica as intervenções de enfermagem no manejo da dor em pacientes oncológicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados SCIELO e Biblioteca Virtual de Saúde, em junho de 2024. Foram utilizados como descritores de saúde: ”manejo da dor”; “papel do profissional de enfermagem” e “enfermagem oncológica”, conectados por meio do operador booleano AND. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, no idioma português, que abordassem a temática proposta e publicados nos últimos 10 anos. Excluíram-se os artigos que não integravam textos originais, que apresentavam fuga de tema e duplicidade. As buscas resultaram em uma quantidade de 68 artigos, dos quais após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 8 artigos. Resultados: O enfermeiro deve estar atento às atitudes do paciente e capacitado para a realização de uma avaliação adequada, com identificação das causas das dores para intervir precocemente e promover o conforto. As principais intervenções de enfermagem no manejo da dor em pacientes oncológicos foram a administração de analgésicos, especialmente opioides, cuidados com posologia, indicações e cumprimento de horários, outrossim, outras condutas realizadas incluem a aplicação de calor, mudanças de decúbito, estímulo a deambulação, cuidados individualizados, proporcionar um ambiente calmo, iluminado e aconchegante. Conclusão: A atuação do enfermeiro no manejo da dor é extremamente relevante, visto que é o profissional que encarrega-se de proporcionar cuidados direitos e contínuos ao paciente com dor. Suas intervenções devem ser baseadas no cuidado holístico e no contexto biopsicossocial e cultural do paciente para a promoção do seu bem-estar e da sua qualidade de vida.