
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
FAKE NEWS E INFODEMIA DURANTE A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19: ANÁLISE NO FACEBOOK
Relatoria:
Lara Beatriz de Sousa Coelho
Autores:
- FRANCISCO ITALO GOMES ALENCAR
- FRANCISCO BRAZ MILANEZ OLIVEIRA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Paralelo a pandemia sanitária de COVID-19, com a adoção de medidas restritivas de confinamento populacional e ampliação das conexões digitais, a Infodemia surge como a “epidemia de (de)informações em saúde”, propagando-se rapidamente numa parcela elevada da população. No campo da saúde, o compartilhamento de fake news nas redes sociais relacionado ao surgimento das vacinas contra a COVID-19 foi um forte fator que contribuiu para a hesitação vacinal e diminuição da cobertura vacinal global. Objetivo: Analisar o conteúdo relacionado à campanha de vacinação contra COVID-19 entre usuários do Facebook brasileiro. Método: Estudo netnográfico, documental, descritivo com abordagem quantitativa. O cenário foi o Facebook, amplamente utilizado na pandemia, com amostra não-probabilística por conveniência a partir de publicações de perfis brasileiros na rede social Facebook durante o período da campanha de vacinação contra a COVID-19 de dezembro de 2020 a setembro de 2023. Foram incluídas postagens com conteúdo sobre a campanha de vacinação ou vacinas contra a COVID-19 publicadas no Facebook, e excluídas as postagens em outras redes sociais. O período de coleta foi de junho a outubro de 2023. Houve a tabulação dos dados no Microsoft Excel versão 2016, logo após, a plataforma Fake News BR versão 1.04 classificou a notícia em verdadeira ou falsa. Utilizou-se o Teste de Fisher e a Correlação de Spearman para a análise estatística no software R versão 4.3.1. O estudo foi aprovado sob o Parecer de n° 6.264.168. Resultados/Discussão: Das 999 postagens, 74% (739/999) podem ser consideradas como desinformação e foram oriundas de perfis pessoais, enquanto 80% (799/999) exprimiam hesitação vacinal, sendo a CoronaVac o imunizante mais citado. Em relação ao conteúdo, 51,2% (511/999) continham argumentos antivacina, dando enfoque nas reações adversas, efeitos colaterais e negacionismo quanto a eficácia da vacinação. Desse modo, ressalta-se o impacto das redes sociais na comunicação e gerenciamento de crises em emergências sanitárias. Considera-se a importância do estudo sob a ótica dos usuários de redes sociais, especialmente do Facebook, devido ao algorítmo do compartilhamento estar vinculado ao interesse de entidades contrárias à vacinação. Considerações Finais: O estudo contribuiu para verificar o conteúdo disseminado acerca da imunização contra a COVID-19 para minimizar a hesitação vacinal e corroborar para o posicionamento dos profissionais de saúde.