INTRODUÇÃO: A promoção da saúde sexual em comunidades indígenas enfrenta desafios devido a barreiras culturais, sociais e linguísticas, tornando os enfermeiros essenciais nesse contexto. Eles desempenham um papel vital na educação, prevenção e defesa dos direitos de saúde sexual e reprodutiva. OBJETIVOS: Destacar as contribuições dos enfermeiros, os desafios enfrentados e as melhores práticas recomendadas na promoção da saúde sexual nessas comunidades. MÉTODOS: Utilizando uma revisão de literatura nas bases de dados SciELO, LILACS e Google Acadêmico, foram selecionados artigos publicados entre 2017 e 2021 que abordam a atuação dos enfermeiros na promoção da saúde sexual em comunidades indígenas. RESULTADOS: Os resultados mostram que os enfermeiros lideram ações educativas e preventivas, ensinando sobre a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e métodos contraceptivos. A adaptação dos materiais educativos às tradições e línguas locais é crucial para a eficácia dessas intervenções. Além da educação, os enfermeiros fornecem cuidados clínicos essenciais, como testes de ISTs, orientação contraceptiva e suporte emocional, construindo relações de confiança que permitem discussões sensíveis sobre saúde sexual. Também atuam como defensores dos direitos de saúde sexual, influenciando políticas públicas para incluir as vozes indígenas e garantir políticas culturalmente adequadas. No entanto, os enfermeiros enfrentam desafios como a falta de recursos médicos, carência de treinamento especializado em saúde indígena e resistência cultural. Práticas de saúde sexual podem ser vistas como tabus, exigindo sensibilidade cultural e estratégias de comunicação eficazes. Intervenções têm maior sucesso quando envolvem líderes comunitários e são adaptadas às especificidades culturais da comunidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que a Enfermagem é crucial na promoção da saúde sexual em comunidades indígenas, através da educação, cuidados clínicos e apoio a políticas públicas. Para melhorar a eficácia das intervenções, é necessário aumentar treinamentos específicos, alocar mais recursos e fortalecer parcerias com líderes comunitários, promovendo uma saúde sexual mais equitativa e eficaz nessas comunidades.