Introdução: De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9%da população. Na Paraíba, segundo estimativas do Ministério da saúde, 5,3% da população ou 209.025 pessoas são diabéticas. Em João Pessoa, 37.197 pessoas (4,7% da população) têm a doença. O pé diabético é uma das principais complicações associadas aos diabéticos não controlados. A hiperglicemia crônica contribui para ativação do processo inflamatório, podendo lesionar vasos sanguíneos, nervos e diminuir atividade humoral. Esse processo, resulta em lesões de difícil cicatrização e infeções recorrentes, sendo o pé diabético o responsável por mais de 60% das amputações não traumáticas, as quais poderiam ser evitadas com medidas preventivas, educativas e de tratamento. Objetivo: Identificar na literatura nacional achados científicos sobre os cuidados à pessoa com pé diabético. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, na qual utilizou como fontes bibliográficas manuais, livros e artigos disponíveis em base de dados da BVS; Scielo e Google Acadêmico. Para o levantamento eletrônico, utilizou-se os descritores “Diabetes Mellitus”, “Enfermagem” e “Pé Diabético”. Resultados e Discussão: O pé diabético é uma complicação crônica evitável com cuidados preventivos, educativos e de tratamento. Dentre os cuidados preventivos, destacam-se: o cuidado diário com os pés, a estratificação de risco para pé diabético, o controle dos níveis glicêmicos e o exame clínico e neurológico dos pés de pessoas com Diabetes Mellitus. O cuidado com os pés inclui: a avaliação diária da integridade da pele; a manutenção da higiene dos pés; o tratamento imediato de lesões existentes; o corte adequado das unhas evitando o formato arredondado; o uso de calçados confortáveis e que protejam os pés. Conclusão: Os estudos mostram a importância dos cuidados específicos e necessários para o pé diabético por pessoas com conhecimento, e este inicia com a educação em saúde de forma individual ou coletiva junto a família. Ressaltou o quanto o profissional da enfermagem desempenha um papel essencial e multifacetado ao estratificar riscos durante a consulta de enfermagem, com a investigação minuciosa das situações clínicas que aumentam os riscos para as complicações, revenir ou conter lesões ao promover o acesso e a integralidade do cuidado em tempo oportuno para a intervenção.