INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença transmissível e infecciosa causada pela bactéria "Mycobacterium tuberculosis". Refere-se a uma enfermidade antiga no panorama brasileiro, sendo ainda um problema de saúde pública. OBJETIVO: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com TB atendidos em um Distrito Sanitário da cidade do Recife-Pernambuco. MÉTODOS: Estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, que analisou os registros de 129 pacientes incluídos nos Livros de Registro de Pacientes e Acompanhamento de Tratamento dos Casos de Tuberculose de quatro unidades básicas de saúde no período de Janeiro de 2019 à Abril de 2023. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria dos pacientes registrados são do sexo masculino (57,4%), resultado que está em concordância com a literatura, que também mostra uma prevalência maior da doença nessa parcela da população. Em relação à idade, a população mais acometida pela TB neste estudo possui entre 40 a 59 anos, seguida de 20 a 39 anos. Porém, os resultados não mostram significativas diferenças entre as faixas etárias, que pode ser justificado pelo quantitativo amostral. A forma clínica encontrada na maioria dos pacientes é a pulmonar (54,3%), conclusão que é reafirmada pela literatura. Dentre as outras formas clínicas da tuberculose, as presentes nesse estudo foram a ganglionar periférica, geniturinária, miliar e outras localizações, que representaram juntas 4,7% dos casos. No que se refere ao tipo de entrada, o caso novo é mais recorrente entre os pacientes (50,4%), isto é, pacientes que nunca fizeram o tratamento para TB, achado que é reiterado pela literatura. A forma de tratamento supervisionado foi utilizada com maior frequência (17,8%) em relação à forma de tratamento autoadministrado (3,1%), resultado que não coincide com a literatura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se a importância da identificação do perfil de pacientes para que abordagens adequadas sejam desenvolvidas e aplicadas, no intuito de gerar um tratamento e acompanhamento de qualidade nos pacientes com diagnóstico confirmado. Além disso, torna-se necessário promover educação em saúde para a população, a fim de favorecer a adesão ao tratamento e contribuir na diminuição da transmissão da doença.