No Brasil, a principal fonte de poluição ambiental por mercúrio está relacionada à mineração de ouro. Contudo, o metilmercúrio é uma grande problemática à saúde, onde sua exposição ocorre por meio da ingestão de pescados contaminados e produz efeitos degradantes aos rins, fígado e sistema nervoso central. O garimpo ilegal também está associado ao desmatamento, assoreamento de rios, uso indiscriminado de produtos químicos e destruição de habitats naturais, gerando impactos negativos no equilíbrio ecológico da região, biodiversidade e qualidade de vida das populações locais. A poluição por mercúrio não se restringe apenas ao Brasil e é um problema global crescente que traz danos graves ao ambiente e principalmente à saúde. As regiões mais afetadas pela poluição por mercúrio incluem áreas da região Amazônica e regiões do Norte e Centro-Oeste do país. O Brasil, como país membro da Organização das Nações Unidas (ONU), aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alguns desses objetivos têm como finalidade promover saúde e bem-estar; água potável e saneamento; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; vida na água; vida terrestre; a paz. Nesse sentido, o Brasil deveria caminhar para o fim das atividades ilegais em terras indígenas. Diante disso, a pesquisa propôs analisar a produção científica sobre a poluição ambiental no Brasil causada pelo mercúrio utilizado na mineração de ouro. Esse foi um estudo de revisão em que a busca de dados aconteceu em abril de 2024, utilizando os descritores: Meio ambiente, poluição, intoxicação por mercúrio, saúde da população indígena com base de dados o Scielo, Gov, Org e Fiocruz. Foram utilizados artigos em português publicados entre os anos de 2013 à 2024. Contabilizou-se 30 artigos, desses, 05 compuseram a amostra. O resultado revelou que apesar de métodos e medidas diferentes para mensurar os níveis de mercúrio encontrados nas populações indígenas, através de análises biológicas, as pesquisas são unanimes em apontar que a concentração de mercúrio excede em muito o limite aceitável. Diante dos achados, pode-se dizer que a região do Tapajós continua exposta a altas concentrações de mercúrio. A presente pesquisa revelou ainda a escassez de estudos nessa área e especificamente com a população indígena, o que dificulta a implementação de políticas e medidas eficazes para proteger essas comunidades e diminuir os impactos causados pelo mercúrio.