
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ASSOCIAÇÃO ENTRE VULNERABILIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA DE UM INTERIOR PAULISTA
Relatoria:
Nataly Aracelia do Carmo
Autores:
- Luliana Silva Corrêa Araujo
- Jéssica Cristina Andrade
- Debora Leveghim
- Gilson de Vasconcelos Torres
- Aline Maino Pergola Marconato
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
É indispensável que os profissionais de saúde conheçam as demandas da pessoa idosa, compreendendo seu contexto de vida. A vulnerabilidade tem impacto considerável nessa população influenciando na qualidade de vida. O objetivo foi analisar a associação entre vulnerabilidade funcional e qualidade de vida da pessoa idosa residente do município de Araras/São Paulo/Brasil. Estudo multicêntrico, analítico e quantitativo, realizado com 185 idosos, com idade >= 60 anos, residentes de Araras/SP e que pontuaram >=17 no Mini Exame do Estado Mental. Dados obtidos em entrevistas pelo questionário de condições sociodemográficas, Vulnerable Elders Survey-13 (VES-13) e a versão brasileira do Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) transcritos para o Google Formulários®. Resultados analisados de forma descritiva e inferencial pelo Qui-Quadrado (p<0,05). Aprovação ética sob parecer 4.393.230. Dos participantes, 51,4% (95) são homens, 53% (98) possuem companheiros e 64,9% (120) residem com familiares. Quanto à vulnerabilidade, 57,3% (106) são classificados como não vulneráveis e 42,7% (79), vulneráveis. Foram classificados com boa qualidade de vida nos domínios: capacidade funcional 74,6 (138), aspecto físico e emocional 73% (135), dor 69,2% (128), saúde mental 83,8% (155), vitalidade 85,4% (158), aspecto social 91,9% (170), estado geral de saúde (78,4) e nas dimensões: saúde física 81,1% (150) e saúde mental 91,9% (170). À associação entre vulnerabilidade e qualidade de vida, às pessoas idosas não vulneráveis apresentam melhor qualidade de vida nos domínios: capacidade funcional 51,9% (96), aspecto físico 50,3% (93), aspecto emocional 46,5% (86), enquanto os vulneráveis apresentam melhor qualidade de vida no domínio social 38,9% (72). Os não vulneráveis e com pior qualidade de vida tiveram maior predomínio nos domínios dor 15,7% (29) e aspecto emocional 10,8% (20) e, os vulneráveis com pior qualidade de vida, predomínio nos domínios capacidade funcional (51,9%) e aspecto físico 22,7% (42). Houve associação significativa entre vulnerabilidade funcional e qualidade de vida (p<0,001). Conclui-se que a maioria dos indivíduos não apresentam vulnerabilidade e possuem boa qualidade de vida, no entanto, a vulnerabilidade também está presente naqueles que possuem melhor qualidade de vida, em especial no domínio social (38,9%).