INTRODUÇÃO: A Estomaterapia é uma especialização da enfermagem e de profissionais da área da saúde, voltada para a assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos e terapêuticos, em busca da melhoria da qualidade de vida. No Brasil, o quantitativo de pessoas estomizadas é de aproximadamente 80.000, enquanto a incidência de pessoas com alterações na integridade da pele constitui um problema silencioso, dispendioso e invisível. Assim sendo, as ligas acadêmicas em estomaterapia (LAE) são identificadas como uma estratégia acadêmica capaz de integrar os conhecimentos teóricos dos alunos às práticas dos serviços de saúde, além de potencializar a assistência de enfermagem aos pacientes. OBJETIVO: Descrever a importância das ligas acadêmicas de estomaterapia na formação dos profissionais de enfermagem e sua contribuição aos serviços de saúde. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa. O levantamento bibliográfico deu-se a partir das bases de dados da SciELO e Google Acadêmico, através dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “ligas acadêmicas”, “estomaterapia” e “assistência de enfermagem”. Como critérios de inclusão, optou-se por trabalhos com textos completos em português de 2019 a 2024. Dessa forma, foram excluídos artigos duplicados, cartas ao leitor e aqueles sem conexão com a temática. RESULTADOS: Foram selecionados para este estudo 8 trabalhos, publicados nos anos de 2020 (n=01), 2021 (n=01), 2022 (n=03), 2023 (n=01) e 2024 (n=02). Observou-se que as contribuições das LAE aos serviços de saúde refletem na formação de profissionais mais qualificados, capazes de oferecer cuidados com mais qualidade aos pacientes melhorando a assistência prestada, ademais, aos discentes, as ligas oferecem oportunidades de vivenciar experiencias práticas, o que contribuí para um pensamento mais crítico e reflexivo, ampliando sua visão sobre a atuação do estomaterapeuta. CONCLUSÃO: É notável que por intermédio das LAE é possível a competência de mudanças curriculares através do aprimoramento de habilidades interpessoais e técnicas além de maior aproximação dos ligantes com a vivência profissional. Tal aperfeiçoamento é benéfico para práticas assistências mais seguras e o compromisso com os três pilares da universidade, pesquisa, ensino e extensão como devolutiva social se faz consolidada.