
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
FONTES DE INFECÇÃO DAS HEPATITES VIRAIS B E C EM SANTA CATARINA, BRASIL (2003-2023)
Relatoria:
Carlise Krein
Autores:
- JOSUE SOUZA GLERIANO
- ARNILDO KORB
- ANGELICA DE SOUZA
- LUCIELI DIAS PEDRESCHI CHAVES
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: as hepatites virais (HV) tornaram-se um problema de saúde pública significativo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, representando um desafio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A transmissão das hepatites virais B e C ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado, sendo que identificar as vias de transmissão da doença é essencial para desenvolver e implementar ações preventivas eficazes. Objetivo: identificar as fontes de infecção das hepatites virais B e C no estado de Santa Catarina. Método: Estudo transversal a partir de dados de morbidade por HV B e C. Dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, referente ao estado de Santa Catarina com recorte temporal de 2003 a 2023, analisados por estatística descritiva. Resultados: 23,16% das infecções de hepatite B e C foram atribuídas a transmissão por via sexual, 11,48% dos casos ao uso de drogas, 5,31% a via transfusional, 4,89% pelo contato domiciliar, 4,88% ao tratamento dentário, 3,95% pela via vertical, 3,98% ao tratamento cirúrgico, e em 0,87% a causa da infecção foi imputada à hemodiálise e acidente de trabalho. Houve inconsistência dos registros em 8,77% das notificações, quando a infecção foi atribuída a água ou alimento contaminado, contato interpessoal, ou outras formas de transmissão não especificadas, visto que as mesmas não compreendem mecanismos de transmissão das hepatites B e C. Destaca-se que em 32,65% das notificações houve incompletude dos registros, com registros em “branco” ou “ignorado”. Conclusão: no período do estudo, prevaleceram infecções ocasionadas por transmissão sexual e uso de drogas. Entretanto, pontuamos a grande proporção de incompletude e inconsistência dos registros, o que requer a mobilização de profissionais de saúde e gestores para qualificação da informação e que poderá impulsionar ações de intervenções assertivas para diminuição da carga de morbidade pelo agravo no estado de Santa Catarina.