INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 foi um desafio de saúde global e teve graves consequências para diversos setores no mundo. Desde o início, em 2020, o governo palestino, em meio a sua guerra centenária, organizou esforços para gerir esta crise, principalmente para que houvesse continuação nos cuidados de saúde. A doença, sendo de propagação rápida, tem como principal forma de prevenção o autoisolamento, o qual foi muito propagado neste período. E na Palestina, os protocolos de tratamento e gestão do coronavírus seguiram as diretrizes da OMS. Mas isso não impediu o alastramento do vírus, fazendo com que no final do primeiro ano, cerca de 140.000 casos de COVID-19 fossem confirmados no país. OBJETIVOS: Identificar a forma como a Palestina lidou com a pandemia do COVID-19 durante o período de 2020 a 2023. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada entre março e abril de 2024. Foi feita uma pesquisa nas bases de dados PubMed e BVS, selecionando 16 artigos, publicados nos últimos 5 anos. A base Scielo também foi consultada, mas não obteve resultados. A pesquisa foi realizada por meio dos descritores “Palestinos” e “COVID-19”. RESULTADOS: Mesmo com a organização do governo do país, a perpetuação dos serviços de saúde foi afetada, tanto pelo exponencial aumento de casos, quanto pela falta de recursos. Assim, as populações vulneráveis portadoras de doenças de base apresentaram-se como ponto de maior gravidade para o sistema de saúde, por causa das consequências do pós-COVID. Além disso, houve-se aumento da reprimenda israelita no país, que multiplicou os ataques aos palestinos e abortou medidas para conter a propagação do vírus. Alguns estudos também relatam que desde o início da pandemia, as populações mais frágeis já começaram a sofrer com uma fraca acessibilidade aos medicamentos, aumentando assim o risco de complicações de saúde ao contrair o vírus. CONCLUSÃO: Crises humanitárias apresentam grandes lacunas nos sistemas sociopolítico dos países, principalmente dos que enfrentam conflitos armados na região do oriente médio, como a Palestina. O país mostrou-se eficiente, dentro de suas condições, inicialmente, ao lidar com a situação que lhe foi imposta, mas a necessidade de auxílio da comunidade internacional não foi descartada, principalmente com a série de problemas que se seguiram, como o aumento da repressão israelita, a falta de recursos e a baixa adesão da população aos cuidados, principalmente nas regiões mais remotas à capital.