Introdução: Entre os métodos contraceptivos reversíveis disponibilizados pelo SUS destaca-se o Dispositivo Intrauterino (DIU), que pode ser de barreira, como o DIU de cobre, ou hormonal, como o DIU Mirena, sendo ambos de longa duração. Apesar do DIU ser um método contraceptivo de alta eficácia, ele possui baixa adesão entre as mulheres no Brasil. Estudos indicam que apenas 2 a cada 100 brasileiras escolhem esse método, essa baixa adesão pode estar relacionada a uma série de desinformações sobre o método, que acabam influenciando negativamente a decisão das mulheres. Objetivo: Buscar na literatura fatores associados à baixa adesão do dispositivo intrauterino como método contraceptivo. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados do BVS e PubMed, com os descritores “Dispositivo Intrauterino” AND “Informação em Saúde” “Mulheres”. Foram selecionados artigos que abordassem a temática com recorte temporal de 2022 a 2024, sendo utilizados 5 artigos. Resultados e Discussão: A baixa adesão decorre de diversos fatores, incluindo desinformação, barreiras de acesso entre outros. A falta de conhecimento adequado sobre os benefícios do DIU, como sua alta eficácia e duração de até 10 anos, e a disseminação de mitos e medos infundados, como a crença de que o DIU pode causar infertilidade, infecções ou câncer, afetam negativamente a decisão das mulheres. A desinformação também pode vir de profissionais de saúde não atualizados, resultando na falta de recomendação do método. Fatores culturais, sociais e religiosos, como a falsa impressão de controle ao não usar métodos como pílulas hormonais e tabelinha, a preferência por métodos hormonais e a visão equivocada de que o DIU é um método abortivo, influenciam na escolha de métodos menos eficazes. Estudos mostram que mulheres bem informadas e que têm acesso a profissionais de saúde treinados têm maior probabilidade de optar pelo DIU. Conclusão: A baixa adesão ao DIU como método contraceptivo é um problema multifacetado que envolve desinformação, barreiras de acesso e fatores culturais. Para melhorar a aceitação e o uso do DIU, é necessário um esforço coordenado que inclua educação pública e treinamento adequado para profissionais de saúde. A superação desses desafios pode resultar em uma maior utilização do método, contribuindo para uma melhor saúde reprodutiva e maior autonomia das mulheres na escolha de métodos contraceptivos.