Introdução: As plantas medicinais desempenham um papel crucial na prevenção e tratamento de doenças, além de contribuir para a promoção da saúde e bem-estar. O conhecimento popular sobre o uso dessas plantas é transmitido ao longo das gerações, enriquecendo práticas de autocuidado e complementando os tratamentos convencionais. Além disso, destaca-se que a formação em Enfermagem deve abranger tanto o conhecimento científico quanto o popular para garantir um cuidado holístico e culturalmente sensível aos pacientes. Objetivo: Relatar a experiência dos discentes do curso de graduação em enfermagem no desenvolvimento de ações de aproximação entre o conhecimento popular e científico, destacando como essa abordagem pode promover um cuidado de qualidade e mais humano. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, vinculado às ações do componente “Antropologia do Corpo”, ofertado pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Todo o processo foi documentado, com feitura de fotografias, criação de material informativo, registros dos principais pontos das literaturas abordadas e conversas com populares. A análise considerou como corpus este conjunto de materiais, a partir dos quais buscou-se elaborar esta síntese acerca da experiência. Resultados: As ações desenvolvidas valorizaram as práticas de saúde tradicionais e sua importância na cultura local, em que foi possível explorar as interseções entre o conhecimento científico quanto o popular e suas aplicações práticas. Incentivou a realização de pesquisas em artigos científicos que investigaram o uso das plantas como elemento terapêutico, contribuindo para fortalecer as evidências científicas. Por fim, a aproximação entre os diferentes conhecimentos pode permitir maior promoção da autonomia dos usuários, respeitando suas preferências culturais e individuais. Conclusão: A experiência foi significativa para os graduandos de enfermagem, fornecendo uma melhor compreensão da relação entre cultura, saúde e meio ambiente. Assim, notou-se a importância dessas práticas tradicionais, percebendo seu potencial na promoção da saúde e no cuidado integral. Além disso, a vivência reforçou a capacidade da inclusão das plantas medicinais nas práticas de enfermagem, sendo necessário a continuidade dessas ações para fortalecer a formação acadêmica e preparar enfermeiros para práticas profissionais que valorizem os saberes populares.