Introdução: a enfermagem é uma profissão vulnerável ao estresse laboral. Desse modo, o consumo de álcool pode ser um mecanismo de fuga às adversidades inerentes ao exercício profissional. De acordo com a American Nurses Association (ANA) há uma estimativa que cerca de 10% dos enfermeiros são dependentes de álcool e/ou de outras drogas. Essa evidência reflete pode trazer reflexos no desempenho profissional e na segurança do paciente. Objetivo: identificar as possíveis associações entre o estresse e o consumo de bebidas alcoólicas em enfermeiros hospitalares. Método: estudo transversal, quantitativo, exploratório, correlacional, realizado com 221 enfermeiros efetivos em três hospitais universitários localizados na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. O estresse foi avaliado mediante uso do Inventário de Estresse em Enfermeiros (IEE). A pesquisa respeitou os preceitos éticos e legais, estando em observância à Resolução 466/12, sob CAAE 07293218.7.0000.5192. Resultados: o estresse não esteve associado ao consumo de bebidas alcoólicas (p=393) nem a frequência de consumo (p=0,871). Conclusão: embora o consumo de álcool esteja presente no dia a dia de alguns enfermeiros, o mesmo não esteve relacionado ao estresse. Esses profissionais estão dispondo de estratégias de coping desarticuladas do consumo dessa substância psicoativa para manter a homeostase e desenvolver sua função laboral.