Introdução: O Transtorno do espectro autista é uma doença crônica caracterizada por dificuldades na socialização e comportamento repetitivos, que pode se apresentar de várias formas diferentes e até mesmo de forma oculta. Seu diagnóstico é complexo, ocorrendo frequentemente na infância. A enfermagem exerce um papel importante na assistência a essas crianças, com o cuidado contínuo e individualizado. É importante que o profissional de enfermagem tenha uma abordagem humanizada, a fim de criar vínculos com a criança. Assim, o processo de comunicação será eficaz, permitindo, junto a família promover o bem-estar e saúde adequada. Objetivo: Identificar os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem no cuidado à crianças com transtorno do espectro autista Método: Revisão Integrativa da Literatura conduzida de maio a junho de 2024 nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF via Biblioteca Virtual de Saúde. A partir da estratégia de busca “Assistência de Enfermagem” AND “Transtorno do Espectro Autista” AND “Criança” identificou-se 124 publicações. Considerou-se como critérios de seleção: artigos completos publicados entre 2019 e 2024 no idioma português, e que respondessem à questão: quais os desafios enfrentados pela enfermagem no cuidado à crianças com Transtorno do Espectro autista? Assim, apenas seis artigos foram elegíveis para a amostra, sendo analisados de forma descritiva. Resultados e Discussão: Identificou-se que a assistência de enfermagem prestada à crianças com espectro autista necessita de melhorias, especialmente no processo de interação e comunicação com as crianças, sendo estes os principais desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem. Estudos expõem que a dificuldade em interagir com a criança autista surgem da carência de discussões sobre o tema nas instituições de ensino superior, das ausências de orientações para realizar um acolhimento humanizado para esse público e da escassez de capacitações dos profissionais de enfermagem nos serviços assistenciais. Isto resulta em uma assistência fragmentada, incapaz de identificar e atender integralmente as necessidades da criança, fragiliza o seu vínculo com a equipe, e dificulta a adesão dela aos serviços de saúde. |Considerações Finais: É preciso que os profissionais de enfermagem aprofundem suas habilidades humanas, através de capacitações nos serviços assistenciais ou autonomamente, de forma a qualificar e melhorar a assistência a crianças com espectro autista.