Introdução: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é um grave problema de saúde pública que acomete um número elevado de mulheres, especialmente, aquelas residentes nos países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que para cada ano do triênio 2023-2025, haverá 17.010 casos novos, o que significa uma incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de Enfermagem acerca da assistência a uma mulher com Câncer de Colo de Útero em um hospital de referência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, realizada em um hospital de referência oncológica, localizado em um município na Paraíba/Brasil. A experiência prática ocorreu no mês de setembro de 2023, durante a realização das atividades práticas da disciplina “Saúde do Adulto I”, do Curso Bacharelado em Enfermagem, de uma universidade pública. Resultados e Discussão: Ao chegar no hospital, as discentes tiveram chance de conhecer a dinâmica do setor oncológico e assumiram a responsabilidade de assistir uma paciente diagnosticada com CCU, que estava em cuidados paliativos. Inicialmente, realizaram uma visita para conhecê-la e conversar com sua acompanhante, dado que a cliente estava em suplemento de oxigênio e encontrava-se desorientada no momento. Após isso, iniciaram a consulta de Enfermagem, que objetivava compreender o processo saúde-doença da paciente, associada a um exame físico completo de forma breve. Para assistir a paciente de forma integral, também optou-se por realizar um banho no leito. Nesse momento, as discentes se sentiram tensas, particularmente, devido a instabilidade da cliente que apresentava uma respiração do tipo gasping e porque acreditavam que sentiria dores, apesar do uso da medicação. Todavia, durante a assistência, perceberam e refletiram sobre a finitude da vida, sendo motivadas a ofertarem um cuidado digno e muito mais humanizado – do que já faziam – para essa paciente. Estudo evidencia a necessidade da equipe de Enfermagem desenvolver condutas humanizadas e integrais acerca do CCU, visto que, diante da inviabilidade de cura, tais profissionais possam atender as necessidades, promover conforto, recuperar a autoestima e trabalhar o controle emocional com a paciente e família, oportunizando melhor convívio com a patologia. Conclusão: Denota-se a essencialidade de práticas educativas sobre a prevenção do CCU, possibilitando às mulheres maiores chances de cuidados pautados no diagnóstico precoce.