Introdução: a Doença Renal Crônica (DRC) trata-se de enfermidade de caráter progressivo e irreversível que compromete o funcionamento dos néfrons e a capacidade de filtração do sangue. Objetivo: analisar adesão do paciente portador de DRC em tratamento hemodialítico e suas principais dificuldades. Metodologia: estudo transversal, quantitativo, realizado em clínica privada de Terapia Renal Substitutiva no Município de Caruaru-PE. Participaram do estudo 114 pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Utilizou-se questionário sociodemográfico, junto ao de análise da adesão ao tratamento pelo usuário, que incluiu variáveis como, dificuldades e potencialidades na adesão ao tratamento. Sob parecer favorável nº 1.850.701, esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Federal do Sertão-PE. Resultados: quanto ao perfil sociodemográfico, constatou-se prevalência masculina 69 (60,5%), sem ocupação ativa 67 (58,7%), renda de até um salário mínimo 98 (85,9%). Posto isso, destaca-se que tais variáveis exercem significativa influência na condução do tratamento. Em relação às dificuldades enfrentadas evidenciaram-se: impossibilidade de trabalhar 53 (46,5%), restrição hídrica 44 (38,6%), fatores financeiros 43 (37,7%) e dor ou desconforto na punção da Fístula Arteriovenosa (FAV) 43 (37,7%). Dessa forma, revelou-se que o trabalho é uma das áreas sociais mais comprometidas, pois além das dificuldades financeiras, há supressão de aspectos como: independência e autonomia devido ao cotidiano da DRC. As limitações impostas pelo tratamento, interferem na necessidade humana básica de conforto, em detrimento da restrição hídrica e sobretudo do doloroso procedimento de punção da FAV, frequentemente associado ao sentimento de ansiedade. No que diz respeito aos fatores influenciadores da adesão predominaram-se: aceitação da doença 89 (78,1%), presença de redes de apoio 53 (46,5%) e esperança de obter transplante 51 (44,7%), portanto, o impacto inicial da doença é repleto de conflitos, os quais podem ser ressignificados pelo paciente, principalmente quando há adaptação, esperança e redes de apoio, como forma de enfrentamento. Conclusão: observou-se portanto, necessidade de melhorias na promoção do cuidado ao público, de forma que, a equipe visualize todo o contexto envolvido no aparecimento da DRC e seus entraves tangentes ao tratamento, os quais acarretam mudanças na vida do paciente renal crônico.