INTRODUÇÃO: Eventos que exijam a realização de primeiros socorros no ambiente escolar são recorrentes, os quais devem serem conduzidos pelos professores, já que estão presentes continuamente na cena. A ''Lei Lucas'', nº 13.722, de outubro de 2018, torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros aos professores e colaboradores de ambientes de ensino. Portanto, é necessário capacitar estes profissionais para que estejam aptos a prestar atendimento em casos necessários. OBJETIVO: Relatar a realização de curso para os profissionais da educação quanto às urgências escolares, a fim de capacitá-los para agir corretamente em episódios necessários. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado a partir da vivência de discentes de Enfermagem realizada na Universidade Federal do Piauí, no mês de janeiro de 2024. Foram selecionados os temas de obstrução das vias aéreas, intoxicação exógena, crise convulsiva e desmaio, entre outros. O convite foi enviado para uma unidade escolar de educação infantil, além de abrir espaço para participação de discentes dos cursos de licenciatura. Obteve-se um público aproximadamente 30 pessoas. Inicialmente, houve a explanação teórica dos conteúdos, e ao final, os participantes foram convidados a colocar em prática os conhecimentos adquiridos, com a realização de técnicas de imobilização em casos de fraturas, por exemplo. RESULTADOS: Os professores convidados ao serem acomodados relataram diversos episódios e suas dúvidas quanto a quem recorrer, ou ao que fazer na situação. Os discentes ao longo da abordagem levantaram a pauta de que primordialmente se deve demonstrar controle emocional frente a situação. De forma sucinta, os alunos enfatizaram a importância de buscar dispor de uma caixa com materiais básicos de primeiros socorros dentro da escola. Ao fim do encontro o público avaliou a capacitação como positiva, visto que seus anseios foram acolhidos de forma humanizada, e reduzidos à medida em que a informação foi apresentada e colocada em prática, salientando a promoção de autoconfiança instaurada pelos acadêmicos, em seu papel de facilitador da aprendizagem. CONCLUSÃO: Foi possível identificar a relevância de capacitar os profissionais da educação em situações de urgência, pela exposição ao risco. Cabe ainda destacar o papel da enfermagem na transmissão de saberes, que além de atuar em atividades de educação permanente, tem um papel social importante ao prevenir agravos a saúde do escolar.