Introdução: A saúde materna e neonatal é influenciada por diversos fatores, entre eles as condições socioeconômicas. Desigualdades sociais podem impactar significativamente os cuidados recebidos durante a gravidez, o parto e o pós-parto, afetando tanto a saúde da mãe quanto a do recém-nascido. Objetivo: Investigar a influência das condições socioeconômicas nos resultados obstétricos, identificando os principais determinantes socioeconômicos que afetam a saúde materna e neonatal e propondo estratégias para mitigar essas desigualdades. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, e para a fomentação desse estudo, a fim de responder ao objetivo predefinido, foi feito um levantamento bibliográfico através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados: MEDLINE, SCIELO, BDENF e LILACS, para a seleção dos artigos, foi utilizado o operador booleano “AND” os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Obstetrícia”; “Classe Social”; e “Cuidado Pré-Natal”; utilizando os critérios de inclusão: artigos em português, inglês e espanhol, texto completo, publicado nos últimos cinco anos, onlines e gratuitos, sendo excluídas teses e monografias. Foram recuperados 30 documentos. Após a leitura, foram selecionados 6 artigos para construção desse trabalho. Resultados: Os resultados indicaram que gestantes de baixa renda e com menor nível educacional apresentaram maior incidência de complicações obstétricas, como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Além disso, essas mulheres tiveram maior probabilidade de partos prematuros e cesarianas de emergência. A mortalidade neonatal também foi mais elevada entre os recém-nascidos de mães com condições socioeconômicas desfavoráveis. A falta de acesso adequado a serviços de saúde de qualidade durante a gravidez foi identificada como um fator crítico, exacerbando as desigualdades nos desfechos obstétricos. Conclusão: Conclui-se que as condições socioeconômicas desempenham um papel crucial nos resultados obstétricos, com desigualdades significativas observadas em função de renda, educação e acesso a cuidados de saúde. É imperativo que políticas públicas sejam implementadas para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde para gestantes em condições socioeconômicas desfavoráveis. Programas de educação e suporte financeiro também são essenciais para mitigar os impactos negativos das desigualdades, promovendo assim melhores desfechos obstétricos.