INTRODUÇÃO: O climatério é um estágio da vida feminina que representa a mudança da fase reprodutiva para a não reprodutiva, esse período acomete mulheres entre 40 e 65 anos que experienciam a inconsistência hormonal levando a irregularidades menstruais, aumento ou diminuição desse fluxo até o período de cessação total da menstruação, quando a mulher está oficialmente na menopausa após 12 ciclos de amenorréia. As mudanças percebidas no climatério variam significativamente em cada mulher, dentro dos parâmetros fisiológicos destaca-se a atrofia vulvovaginal, devido a baixa produção hormonal, o ressecamento vaginal e a mudança na flora bacteriana local. Todavia, os sintomas presentes no climatério são desafiadores para a autopercepção, vida sexual e a identidade feminina, além dos aspectos psicossociais envolvidos. A partir disso, é indispensável que a atenção à pessoa no climatério seja instigada por meio de práticas educativas que visem o autocuidado, acolhimento e atenção integralizada à mulher menopausada. OBJETIVO: Promover estratégias de educação em saúde que visem a autopercepção e autocuidado da pessoa no climatério por acadêmicas de enfermagem. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência das ações educativas realizadas no Centro Integrado Amaury de Medeiros (CISAM/UPE), por acadêmicas de enfermagem da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde da Mulher (LAESM/UPE), durante o primeiro semestre de 2024. As ações são destinadas às pacientes que aguardam as consultas de ginecologia no ambulatório da mulher que são instigadas a participar ativamente durante a explanação oral. Os temas abordados foram: conceito de climatério, diferença entre climatério e menopausa, sinais e sintomas, uso de práticas integrativas para alívio dos sintomas. Ao final, é destinado um espaço de dúvidas e complementação das informações. RESULTADOS: Participaram em média 20 pessoas que demonstraram enorme interesse na temática abordada. Através da explanação, as dúvidas foram sanadas e houve um espaço favorável para troca de informações, desmistificação de tabus e relato de experiências. CONCLUSÃO: A importância da educação em saúde no estímulo da autopercepção e autocuidado no climatério é importante para reconhecer os principais medos e anseios desses indivíduos e, progressivamente, melhorar e assegurar a qualidade de assistência em saúde. Por fim, a experiência educativa proporcionou o desenvolvimento de habilidades de oralidade, comunicação e empatia às discentes envolvidas.