Introdução: O Sistema de Triagem de Manchester tem como objetivo reduzir o tempo de espera dos pacientes, priorizando aqueles em perigo iminente e implementando intervenções precoces. Esse sistema aprimora as triagens ao guiar os profissionais de saúde com fluxogramas de condições clínicas, proporcionando classificações de risco mais precisas e consistentes. Objetivo: Destacar os desafios encontrados para a aplicação do Protocolo de Manchester como uma ferramenta estratégica na gestão de serviços de emergência. Método: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, do tipo relato de experiência, desenvolvido e vivenciado por enfermeiros que atuam no setor de acolhimento e classificação de risco em serviços de urgência e emergência no estado de Pernambuco. Resultados e discussão: No ambiente observado, foram identificadas várias deficiências: alto volume de pacientes aguardando classificação na recepção, ocasional omissão de sinais vitais indicados nos fluxogramas, inconsistências na distribuição de pulseiras de classificação e o uso de aparelhos pessoais para medição de sinais vitais durante a triagem. O protocolo recomenda o uso de uma sala apropriada para classificação de risco, equipada com materiais específicos e fluxos de encaminhamento bem definidos. A falta de informação adequada aos pacientes e acompanhantes sobre o protocolo também resultou em alguns atritos e dificuldades de compreensão aos clientes locais. Apesar das limitações observadas, estudos destacam que o protocolo é um preditor eficaz de resultados nos serviços de emergência hospitalar. O protocolo influencia positivamente o fluxo de pacientes e a qualidade do atendimento, embora sua eficácia dependa da experiência e treinamento dos enfermeiros classificadores. Também é observado que os serviços de urgência e emergência são frequentemente procurados para questões que poderiam ser resolvidas nas unidades de atenção primária. Considerações finais: A eficácia do protocolo de Manchester está intimamente ligada à dedicação da equipe de gestão de emergências, assim como ao treinamento e capacitação para padronizar os processos de trabalho. Este protocolo não apenas melhora a qualidade dos cuidados, mas também tem potencial transformador no papel dos enfermeiros.