Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação grave que afeta muitos pacientes na emergência, e que pode levar à insuficiência renal crônica, diálise ou morte. A LRA é causada por diversos fatores e o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir as consequências da LRA e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico e de morbidade dos pacientes com lesão renal aguda atendidos na emergência de um hospital de grande porte. Método: Estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado em um hospital de grande porte no agreste de Pernambuco/Brasil, com período de estudo de janeiro de 2024 a junho de 2024. Foram incluídos os pacientes maiores de 18 anos, com diagnóstico de lesão renal aguda atendidos na emergência. A coleta de dados se deu através de um instrumento de protocolo clínico de Magalhães (2015) estruturado com variáveis clínicas e sociodemográficas extraídas dos prontuários dos pacientes e a amostra foi composta por 50 pacientes. Resultados: Os principais resultados desse estudo evidenciaram que 50 pessoas foram admitidas na emergência com diagnóstico de LRA. Destes, 42% tinham faixa etária acima de 60 anos, 68% eram do sexo masculino. As doenças de base com maior prevalência na amostra foram HAS (88%), DM (54,4%)). As principais manifestações clínicas apresentadas pela amostra foram: edema (68%), astenia (62%) e dispneia (56%). A terapia de tratamento de maior prevalência foi a hemodiálise (80%), destes, 80% portava Cateter de Duplo Lúmen (CDL) e 17% portavam o Permcath para diálise. As intercorrências registradas na amostra relataram que 30% apresentaram hipoglicemia, 37% apresentaram hipotensão. Discussão: O estudo destaca a predominância de pacientes idosos com Lesão Renal Aguda na emergência, frequentemente associada a hipertensão e diabetes. Os sintomas comuns e a necessidade de hemodiálise como tratamento principal foram observados. Intercorrências como hipoglicemia e hipotensão ressaltam a complexidade no manejo desses pacientes. A importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para melhorar os desfechos clínicos é enfatizada. Conclusão: A LRA na emergência é grave e o diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para melhorar o prognóstico e qualidade de vida. A atenção especializada e o acompanhamento contínuo são fundamentais para reduzir complicações e melhorar desfechos clínicos.